do Movimento Passe Livre — São Paulo
O prefeito Fernando Haddad já confirmou
que a tarifa de ônibus em São Paulo vai aumentar no início de janeiro. O
governador Geraldo Alckmin, por sua vez, afirmou que as passagens do
Metrô e da CPTM devem subir junto. Movimentar-se pela cidade, algo pelo
qual não deveríamos ter que pagar, agora vai custar R$ 3,50 – e pra quem
pega metrô e ônibus, vai para R$ 5,45.
Cada vez que a tarifa sobe, aumenta o
número de pessoas excluídas do transporte coletivo. Com menos gente
circulando, novos aumentos serão necessários, numa espiral que diminui
cada vez mais o direito à cidade da população. Entre nós e a cidade (que
nós mesmos fazemos funcionar!) existe uma catraca que cobra cada vez
mais caro. É que para os de cima, ninguém
tem que sair da periferia se não for para trabalhar ou – se tiver
dinheiro – para consumir. Além disso, nos obrigam a pagar por ônibus
lotados em linhas e trajetos sobre os quais nada decidimos.
Por isso convocamos todas e todos para o 1º GRANDE ATO CONTRA A
TARIFA, na sexta-feira (09/01), com concentração a partir das 17h em
frente ao Teatro Municipal (próximo ao metrô Anhangabaú e do terminal
Bandeira). Na mesma semana, na segunda-feira (05/01), realizaremos uma
aula pública contra a tarifa em frente à prefeitura da cidade (se é que
alguém ali ainda quer aprender alguma coisa).
Como sempre, a prefeitura alega que o aumento é inferior à inflação
do período. Mas um direito pode ser medido pela inflação? O direito de
se locomover não deve ter preço. Transporte não é mercadoria!
Cobrar pelo transporte – que deveria ser público de verdade – e ainda
aumentar esse preço é uma escolha política pela exclusão de pessoas e
em favor do lucro dos empresários de ônibus. Este aumento soa mais
absurdo quando constatamos que uma auditoria acaba de provar que milhões
foram desviados pelas empresas do transporte. Reduzir seu lucro
exorbitante e cobrar o dinheiro roubado seria suficiente para manter o
preço da tarifa ou até mesmo reduzi-la.
O passe livre estudantil anunciado pela prefeitura é uma conquista da
luta do povo, que foi às ruas em 2013. Mas não é Tarifa Zero! A medida
ainda está longe do que é fundamental: enquanto o transporte continuar
sendo tratado como mercadoria e enquanto houver tarifa e aumentos,
haverá luta da população, se organizando e resistindo em cada canto da
cidade!
Não aceitaremos nenhum centavo a mais! Agora é de R$ 3 para baixo, até zerar!
A luta segue até tarifa zero para TODAS E TODOS!
CONTRA A TARIFA!