Há um
cheiro de coisa queimada no ar. Ainda muito fraco, mas a cada dia parece que se
avoluma.
Depois de
anunciar a criação da Subsecretaria para Assuntos de Pessoas LGBT, o governo
Rollemberg recua frente a uma primeira pressão de um bloco de distritais
formados por evangélicos e, dizem, também por católicos. Bloco que assume posição
alinhadas mais com um fundamentalismo religioso que mesmo com posições cristãs.
Agora informam
que o governo Rollemberg deve reestruturar a Secretaria da Mulher, Igualdade
Racial e Direitos Humanos, onde ficaria a subsecretaria criticada pelo bloco
de distritais chamado Amor por Brasília.
Mas para
não ficar mal, o governo acha que esse papo de que vai acabar com
a subsecretaria, mas manterá as políticas voltadas para o setor, vai convencer
alguém. Isso é piada pronta (crédito para o Macaco Simão), pois só se
mantém o que existe, e o governo atual ainda não havia implantado qualquer
política para defesa, proteção e combate à discriminação e ao ódio contra pessoas
LGBT. Ou ele pretende manter a não política do governo anterior?
Ah! Um dos
distritais do bloco Amor por Brasília chega a declarar à imprensa que não
existe em Brasília preconceito contra LGBT, pelo menos por onde ele anda.
Cada um
anda por onde quer e enxerga (ou diz que enxerga) somente o que lhe interessa.
E cada
governo do DF tem feito o que acha que o garante tranquilo lá pras bandas da Câmara
Legislativa do DF. Verdade que o problema maior fica com a banda mais fraca. No
caso específico dessa postagem, as pessoas LGBT.
