Quarta, 7 de dezembro de 2016
Do Metrópoles
Em 2014, a Feijãozinho Escavações fez a terraplanagem da Paróquia São Pedro, em Taguatinga, com dinheiro intermediado por Gim Argello
Por Guilherme Waltenberg
A força-tarefa da Operação Lava Jato voltou as atenções para uma pequena empresa de Ceilândia, a Feijãozinho Escavações. O empreendimento entrou na mira dos investigadores por ter sido contratado pelo padre Moacir Anastácio para fazer o serviço de terraplanagem na Paróquia São Pedro, em Taguatinga. No local, é celebrada a tradicional festa de Pentecostes.
A obra é suspeita porque o padre Moacir, responsável pelo templo, usou dinheiro doado por três empreiteiras envolvidas na Lava Jato para realizar o serviço. Os depósitos, feitos em 2014, somaram R$ 950 mil e foram repassados pela OAS, a Andrade Gutierrez e a Via Engenharia. Os recursos chegaram à paróquia por intermédio do ex-senador Gim Argello, condenado e preso por cobrar propina de construtoras investigadas no esquema.