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(Millôr Fernandes)

sábado, 12 de agosto de 2017

Mobilidade: Bye bye, VLT do Aeroporto

Sábado, 12 de agosto de 2017Do Blog Brasília, por Chico Sant'AnnaDo governo Arruda, aos dias de hoje, a Estrada Parque Aeroporto recebe a quarta reforma.

Texto e fotos por Chico Sant’Anna
O Brasiliense vai voltar a viver transtornos no trânsito. Além da Saída Norte, onde são executadas as obras do Trecho de Triagem Norte – TTN, dentro de poucos dias, a Saída Sul também vai ganhar obras e colocar em xeque, por um período de um ano, a paciência dos motoristas. Três anos depois do GDF entregar a Estrada Parque Aeroporto, para receber o trânsito do BRT, a via volta a ser alvo de novas ampliações. Uma nova faixa será construída de cada lado da EPAR, rodovia DF-47, de forma a permitir o tráfego dos ônibus do BRT até o Aeroporto, sepultando de vez o projeto de interligar o terminal ao Plano Piloto com os modernos bondes elétricos do VLT.
A Epar perdeu, em 2014, uma alameda de Sibipirunas, plantadas na década de 1960, para dar lugar a via co BRT. 

O abandono em definitivo da opção do VLT, pelo governo Rollemberg, já havia sido antecipado por esse blog em junho de 2016. (Leia: BRT toma lugar do VLT do Aeroporto. Balão será reformado de novo).

Sem dinheiro para dar prosseguimento aos projetos de mobilidade urbana idealizado por ocasião da Copa do Mundo e com a pressão da InfrAmérica em dotar o aeroporto de Brasília de mais opções de transporte coletivo, o GDF optou pela ligação via ônibus do tipo BRT. Essa decisão reforça ainda mais a inclinação do GDF por soluções rodoviaristas – priorização por alargar estradas e construir pontes e viadutos – em detrimento de um transporte sobre trilhos. 

Memória

Para a Copa do Mundo, um túnel foi construído sob o Bambolê da Dona Sarah, a um custo de R$ 53 milhões. Uma verdadeira hecatombe ambiental naquele que era o principal cartão de visita de Brasília. Além disso, em 2012, com o abandono do VLT para o Aeroporto, o governo Federal repassou R$ 100 milhões para as adaptações requeridas pelo BRT. A medida resultou ainda na eliminação do canteiro central da EPAR, onde existia uma alameda com 70 Sibipirunas, plantadas na década de 60.