Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 19 de julho de 2022

Para o desespero dos candidatos, a cruel calculadora eleitoral entra em ação

Terça, 19 de julho de 2022
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Os quocientes eleitorais para CLDF e Câmara Federal, devem ficar próximos a 70.663 votos e 211.989, respectivamente. Metas que transformam as eleições do DF numa das mais competitivas, ainda mais se considerarmos que nesse ano não haverá coligações. Voto do candidato do partido vizinho não ajudará mais, cada partido ou federação dependerá de seus próprios valores para eleger alguém.

Por Chico Sant’Anna. Foto de Abdias Pinheiro/Secom TSE

Conhecido o total de eleitores do Distrito Federal, 2.203.054 (5,69% a mais do que em 2018), as maquininhas de calcular dos candidatos começam a funcionar a todo vapor, comparando colégios eleitorais, comunidades, segmentos sociais. Onde investir mais tempo e dinheiro na campanha, que se inicia em 5 de agosto, último dia para a realização das convenções que escolherão candidatos e formalizarão coligações só para senadores e governadores.

Essa conta é ainda mais complexa para os candidatos a cargos proporcionais, federais e distritais. As legendas terão não só que obter grandes votações, mas grande o suficiente para alcançar o quociente eleitoral. A junção de três regras: redução do total de candidatos que poderão ser inscritos em cada partido, fim das coligações proporcionais e superação das cláusulas de barreiras, torna a eleição para deputados federais uma das mais difíceis. De um lado uma, ainda, imensidão de candidatos, de outro, um eleitorado desconfiado, descrente e desmotivado.