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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Mundo lembra liderança e realizações em Dia Internacional Nelson Mandela

Segunda, 18 de julho de 2022

ONU/Evan Schneider —ONU proclamou a data para homenagear o legado de Nelson Mandela por meio de eventos de voluntariado e serviço comunitário

ONU News
18 julho 2022

ONU diz que modelo do ex-líder sul-africano ainda é relevante para ultrapassar crises atuais; secretário-geral pede que mundo se insurja contra o ódio, defenda princípios fundamentais e promova valores da humanidade na 13ª vez em que data é celebrada.

Este 18 de julho é o Dia Internacional Nelson Mandela.

Representantes de todo o mundo juntam-se nas Nações Unidas para homenagear o Prêmio Nobel da Paz e ícone que foi o primeiro presidente da África do Sul democrática entre 1994 e 1999.
Primeiro chefe de Estado negro

Foi na mesma sala da Assembleia Geral que o símbolo da luta contra o regime segregacionista do apartheid foi ovacionado em 1994 em seu primeiro discurso como primeiro chefe de Estado negro de seu país, que estava inaugurando a era democrática e não racial.

Nelson Mandela agradeceu à comunidade internacional em nome de milhões de sul-africanos porque o respeito pela dignidade humana também inspirou a atuação global e levou a garantir a recuperação da dignidade de seu povo.
ONU/C Sattleberger —Prêmio Nobel da Paz e ícone sul-africano presidiu o país entre 1994 e 1999

Madiba já tinha sido recebido no órgão em 1990, pouco depois de ser libertado após 27 anos de prisão.

Em mensagem de vídeo pelo Dia Internacional Nelson Mandela, o secretário-geral António Guterres disse que o mundo homenageia um gigante da atualidade.
Cura de comunidades

Para o chefe da ONU, Mandela foi um líder de coragem incomparável, com grandes realizações, além de ser um homem de dignidade serena e profunda humanidade. O chefe da ONU aponta a marca de Nelson Mandela como homem que promoveu a cura de comunidades e foi mentor de gerações. Guterres disse ainda que ele continua sendo uma bússola moral e referência para todos.

Ele lembrou ainda que Madiba percorreu o caminho da liberdade e da dignidade “com determinação de aço e com compaixão e amor”.

Nesse trajeto, ele “demonstrou que cada um tem a capacidade — e a responsabilidade — de construir um futuro melhor para todos”.
Unsplash/John-Paul Henry —Celebração chama o mundo à ação e para explorar o poder individual para transformar o mundo


Num contexto de múltiplas crises globais, o líder das Nações Unidas destacou que o modelo do ícone sul-africano ainda é relevante.
Esperança

Guterres diz que se que o mundo de hoje é caracterizado pela guerra, sobrecarregado por emergências e marcado pelo racismo, pela discriminação, pela pobreza e por desigualdades, além de ser ameaçado pelo desastre climático. Ele destacou que se deve encontrar esperança no exemplo de Nelson Mandela e inspiração em sua visão ao apelar a ação no dia a dia em honra ao legado do ex-líder sul-africano.

Para Guterres, a atuação global no presente requer que fale abertamente contra o ódio e defenda os direitos humanos ou abrace a humanidade rica em diversidade, igual em dignidade, unida em solidariedade.

O secretário-geral termina a mensagem destacando que o mundo una esforços por uma situação mais justa, compassiva, próspera e sustentável para todos.

Foi em 2009 que a ONU proclamou a data para homenagear o legado de Nelson Mandela por meio de eventos de voluntariado e serviço comunitário.

A celebração chama o mundo à ação e a explorar o “poder individual para transformar o mundo e para a capacidade de causar impacto”.
Além de político, Mandela também foi filantropo.
ONU enaltece Nelson Mandela como homem que promoveu a cura de comunidades
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Postagem no Gama Livre em 1º de julho de 2022:

Um terrorista a menos

  Julho


Um terrorista a menos

No ano de 2008, o governo dos Estados Unidos decidiu tirar Nelson Mandela da lista dos terroristas perigosos.
Durante sessenta anos, o africano mais prestigiado do mundo tinha feito parte desse tenebroso catálogo.

Eduardo Galeano, no livro ‘Os filhos dos dias’.
2ª edição, 2012, página 213. L&PM Editores.


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Só em 1º de julho de 2008 que Nelson Mandela teve seu nome retirado de uma lista do governo americano que o registrava como um terrorista perigoso.