Terça, 22 de agosto de 2023
Jornada acontece em 18 estados e no Distrito Federal - Costa Barros Tomaz Silva/Agência Brasil |
Concentração inicia às 15 horas no Museu Nacional da República
Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF)
“Pelo fim da violência policial e de Estado, nossas crianças e o povo negro querem viver! Chega de Chacinas!”. Esse é o mote da Jornada dos Movimentos Negros Contra a Violência Policial com atos em todo o país nesta quinta-feira (24).
Em Brasília, a manifestação acontece a partir das 15 horas, com concentração no Museu Nacional da República e segue em caminhada até o Ministério da Justiça.
Na convocação, as organização que constroem a Jornada ressaltam que o povo negro quer viver. "A nossa sociedade possui um histórico comum de relatos sobre violência e atitudes abusivas, advindas de membros das diversas organizações responsáveis pela segurança de nosso país. Atitudes que definem e apresentam como a polícia brasileira se posiciona de forma racista e classista", aponta a convocação.
"Quando não nos matam pela falta de políticas públicas e pela falta de acesso programas sociais, a bala do Estado vem e vitima, essa necropolítica precisa acabar e por essa razão vamos ocupar as ruas", aponta Danielle Sanchez do Coletivo Yaa Asentewaa e da Coalizão Negra por Diretos.
:: Movimentos negros convocam ato nacional nesta quinta (24), em meio a aumento de chacinas policiais ::
Para a assistente social e membro da Frente Desencarcera do Distrito Federal, Luiza Carvalho, esses assassinatos precisam ter mais visibilidade e a sociedade precisa se comover com essas vidas interrompidas. "Não estamos num país que tem pena de morte e é inadmissível a quantidade de mortes produzida pela violência policial e pela violência de Estado com armas e munições compradas pelo dinheiro público, financiadas pela própria população, que está sendo vitima dessa violência e sobretudo sem controle algum", destaca.
A mobilização acontece diante do aumento da violência policial contra a população negra no país. Além do Distrito Federal, será realizada em mais 18 estados de todas as regiões do país.
"A única forma da gente combater isso é se indignando, é parando esse país e levando nossas vozes às ruas, demostrando que a gente não aceita mais", ressalta Luiza Carvalho.
Os atos também pedem justiça por Mãe Bernadete Pacífico, Ialorixá e liderança quilombola do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho-BA, que foi brutalmente assassinada em 17 de agosto de 2023, dentro de sua casa, em frente aos seus netos.
Ato Pelo Fim da Violência Policial
24 de agosto - quinta-feira
15h - concentração no Museu Nacional da República
16h - saída em caminhada ao Ministério da Justiça
17h - concentração em Frente ao Ministério da Justiça
Edição: Flávia Quirino