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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

PGR pede que ex-comandantes da PM do Distrito Federal cumpram prisões preventivas em diferentes unidades

Segunda, 28 de agosto de 2023

Foi pedido ainda que coronéis fiquem sob supervisão de oficial com patente superior à deles e que STF abra nova frente para continuar apuração

Arte: Comunicação/MPF

O coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, requereu, nessa sexta-feira (25), que os sete ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que foram denunciados por omissão imprópria pela Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpram a prisão preventiva em diferentes unidades militares de Brasília. A solicitação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso do Supremo Tribunal Federal (STF), e responsável pelas ordens de prisão.

Outro pedido é para que três dos cinco coronéis, atualmente custodiados no 19º Batalhão de Polícia Militar do DF fiquem sob a supervisão de outro coronel da PM, com patente de antiguidade superior à dos investigados. A providência foi solicitada após a Secretaria de Segurança Pública do DF informar que os três denunciados — que têm patente de coronel — estão sendo supervisionados por um major que na hierarquia militar ocupa posição inferior à dos presos.

Carlos Frederico salienta na petição que há indícios de que a referida unidade militar não tenha “condições para caucionar a disciplina mínima, imprescindível à regularidade da custódia dos denunciados, notadamente, de Jorge Eduardo Naime Barreto, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e de Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, cujas patentes são superiores à ostentada pelo comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal, o que pode ocasionar intercorrências de subversão da ordem e disciplina”.

Na petição, o subprocurador-geral menciona informações recebidas da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios no sentido de que a Corregedoria-Geral da PMDF instaurou investigação para apurar supostas irregularidades que teriam sido cometidas por Jorge Naime Barreto. O procedimento foi instaurado após o registro de irregularidades como uma visita da esposa do coronel, sem a devida autorização do comando da unidade militar. O episódio também é investigado pelo Núcleo de Custódia da PM, pela possível prática de falta disciplinar de natureza média, por meio de um Procedimento Apuratório Prisional, sob a ótica disciplinar no âmbito prisional, conforme determina a Lei de Execução Penal.

Novos investigados – Na mesma manifestação, Carlos Frederico Santos reiterou pedido para que o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes instaure nova frente de investigação (PET) para se apurar “eventual responsabilidade penal por omissão imprópria de outras autoridades ligadas à pasta de Segurança Pública do Distrito Federal”. Esse pedido foi feito inicialmente no dia 15 de agosto, em documento protocolado junto com a denúncia (cota). Conforme a solicitação, o novo procedimento deve receber cópia integral no inquérito 4.923.