Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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sábado, 11 de abril de 2015

'Veja' publica que PF encontrou elo entre Erenice Guerra e investigado na Zelotes

Sábado, 11 de abril de 2015
Do Jornal do Brasil
A edição da Revista Veja desta semana traz uma reportagem - "Os Oráculos do Poder" - destacando que a Polícia Federal encontrou um elo entre Erenice Guerra e o lobista Alexandre Paes dos Santos, o APS, que é alvo de investigação e tem o seu nome citado na Operação Zelotes. Segundo a publicação, Erenice criou com APS uma empresa de fachada que chegou movimentar R$ 365 milhões entre 2009 e 2013.
A Veja informa ainda que Erenice tem sociedade com o chefe do esquema da Receita Federal, José Ricardo da Silva. As novas descobertas da PF, de acordo com a revista, foram encontradas em mensagens eletrônicas e contratos apreendidos pelos agentes. Um dos setores preferidos foi o elétrico, onde Erenice atuou por um período. As empresas de fachada criadas para atender os interesses dos sócios, muitas existentes somente no papel, movimentavam os altos valores do propinas provenientes das atividades do setor de energia.
Na Operação Zelotes, a Polícia Federal investiga fraudes em decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), da Receita Federal.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra defende no TCU empresário ligado ao PT

Terça, 10 de dezembro de 2013 
Advogada, ela atua em nome de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, que ajudou a pagar aluguel de uma casa usada na pré-campanha de Dilma Rousseff em 2010; suas empresas cresceram no governo petista e uma delas é doadora do partido

Fábio Fabrini e Andreza Matais - O Estado de S. Paulo
Brasília - Empresário ligado ao PT, Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, contratou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra para defendê-lo em processos no Tribunal de Contas da União nos quais é suspeito de superfaturamento em serviços prestados ao governo federal.

Bené ganhou notoriedade em 2010 ao ajudar a pagar o aluguel de uma casa em Brasília onde funcionou um núcleo da pré-campanha de Dilma Rousseff. Ele é dono de empresas que já receberam R$ 272 milhões das gestões petistas no Palácio do Planalto.

Já Erenice foi braço direito de Dilma na Casa Civil. Depois, substituiu a petista no cargo de ministra. Ela deixou o posto em 2010 ao se ver envolvida em suspeitas de tráfico de influência.

Em 24 de agosto de 2012, Bené autorizou o escritório Guerra Advogados, de Erenice, a defender uma de suas empresas no TCU, a Due Promoções e Eventos, que recebeu R$ 68 milhões durante os governos Lula e Dilma.

Em um dos processos o tribunal pede que a empresa devolva aos cofres públicos R$ 1,8 milhão, ou 32% dos gastos em 2009 na 3.ª Conferência de Agricultura e Pesca, do Ministério da Pesca. Leia a íntegra

sábado, 25 de maio de 2013

Dirceu e Erenice agora fazem lobby juntos em Brasília

Sábado, 25 de maio de 2013
Reportagem de VEJA desta semana revela que os dois ex-ministros, afastados da Casal Civil após escândalos, atendem juntos empresas e empresários interessados nos mais variados negócios com o governo
 
Rodrigo Rangel e Hugo Marques
JOINT VENTURE - Condenado por corrupção, o ex-ministro José Dirceu está diversificando as parcerias
JOINT VENTURE - Condenado por corrupção, o ex-ministro José Dirceu está diversificando as parcerias      (Marlene Bergamo/Folhapress - Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR)

Até junho de 2005, quando chefiava a Casa Civil da Presidência da República, o então ministro José Dirceu centralizava praticamente todas as ações do governo. Poderoso, nada acontecia em Brasília sem antes passar pelo seu gabinete. Flagrado no comando do mensalão, o maior esquema de corrupção política da história, ele deixou o governo, abriu um escritório de advocacia, arregimentou clientes na iniciativa privada e ganhou muito dinheiro vendendo uma mercadoria das mais valorizadas na praça: a influência no poder. A ex-ministra Erenice Guerra chefiou a mesma Casa Civil até setembro de 2010. Pilhada no comando de um esquema familiar que assessorava clandestinamente empresas privadas interessadas em fazer negócios com o governo, ela foi demitida. Assim como Dirceu, montou um escritório de advocacia, reuniu uma carteira de clientes na iniciativa privada e também lucra oferecendo acesso ao poder. A novidade é que os dois ex-ministros agora estão operando juntos. Montaram em Brasília uma joint venture do lobby - uma parceria que atende empresas e empresários interessados nos mais variados negócios com o governo.

domingo, 24 de julho de 2011

O tempo passa, o tempo voa, e Erenice Guerra continua numa boa. Por que está parado o inquérito que investiga o tráfico de influência da ex-ministra no governo Lula?

Domingo, 24 de julho de 201 
Segundo a Polícia Federal, a culpa pelo atraso nas investigações, abertas há quase um ano, é dos bancos, que têm segurado o envio de informações. Apesar da Justiça ter concedido a quebra do sigilo bancário de alguns investigados com o prazo máximo de dez dias, tem havido uma “demora sistemática”, de acordo com a Polícia Federal, para que esses dados sejam enviados. à Justiça pelos bancos. E a PF não faz nada? Não toma nenhuma providência? Que país é esse? (Da Tribuna da Imprensa, em artigo de Carlos Newton)

sábado, 23 de julho de 2011

Por que engavetou?

Sábado, 23 de julho de 2011
Deu na Época

No fim de 2006, Erenice Guerra rejeitou uma proposta de investigação sobre denúncias graves que envolviam o Ministério dos Transportes

Leonel Rocha e Murilo Ramos
NÃO CHECADO
A ex-ministra Erenice, que atuava como assessora de Dilma na Casa Civil quando a denúncia chegou ao Planalto, e Hideraldo Caron, diretor do Dnit até a semana passada. No destaque, trecho da planilha com a denúncia citando Caron

Em novembro de 2006, a então secretária executiva da Casa Civil da Presidência da República, Erenice Guerra, recebeu uma carta com denúncias graves. A correspondência falava sobre como grandes empreiteiras pagavam propina aos dois últimos ministros dos Transportes, Anderson Adauto e Alfredo Nascimento, a políticos do PL e a diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) durante o primeiro governo Lula. Endereçada à então chefe de Erenice, Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil na ocasião, a denúncia detalhava valores de obras, citava quem pagava e quem recebia dinheiro. Tudo muito semelhante ao esquema revelado no atual escândalo do Ministério dos Transportes.

A carta denúncia chegou ao governo depois de recebida em casa por um alto funcionário da Secretaria de Controle Interno do Palácio (Ciset), órgão que fiscaliza a lisura dos contratos firmados pela Presidência. O funcionário diz que a carta era anônima. Apesar de apócrifa, os auditores do Palácio se convenceram da necessidade de apurar. Diante do conteú­do delicado do documento, decidiram procurar Ere-nice Guerra. ÉPOCA ouviu dois funcionários da Ciset que acompanharam a história para saber o que aconteceu. De acordo com eles, depois de ler a carta, Erenice pediu um tempo para reflexão. Mais tarde, no mesmo dia, informou que não aceitaria a recomendação – mandar investigar a denúncia – para não criar problemas com a base governista no Congresso Nacional

terça-feira, 22 de março de 2011

Erenice

Terça, 22 de março de 2011
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República tomou uma “grande” decisão ontem. Aplicar “censura ética” à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, aquela que substituiu Dilma, que havia substituído José Dirceu. Ela é acusada de trambiques, usando o cargo que ocupava para tráfico de influência.

Daqui a pouco Fernandinho Beira Mar vai querer comutar suas condenações por algumas censuras éticas. O caso dele também não foi tráfego? De droga, é verdade, mas tráfico.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Erenice

Segunda, 21 de março de 2011
"Quem tem medo de Virginia Woolf, ou melhor, de Erenice Guerra? O relatório da Comissão de Ética sai hoje, mas a Polícia Federal pede mais prazo para investigar". (Título de artigo em que o jornalista Carlos Newton explora o escândalo na Casa Civil no governo Lula. O artigo foi publicado na Tribuna da Imprensa de hoje)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Polícia Federal vai pedir ao MPF prorrogação das investigações do caso Erenice

Sexta, 7 de janeiro de 2011
Da Agência Brasil
Daniella Jinkings - Repórter

A Polícia Federal (PF) vai pedir na próxima segunda-feira (10), ao Ministério Público Federal, a prorrogação do prazo para apurar o suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo parentes da ex-ministra Erenice Guerra. Essa é a terceira vez que a PF pede ampliação do prazo das investigações.

A PF pediu a prorrogação porque ainda falta o resultado da perícia dos computadores apreendidos. Segundo a assessoria do órgão, das 15 máquinas apreendidas só cinco passaram por perícia. Além dos laudos, ainda falta a análise dos e-mails funcionais dos envolvidos e o envio de um ofício à Controladoria-Geral da União (CGU), que está cuidando dos contratos feitos pela Casa Civil.

Cerca de 40 pessoas foram interrogadas, mas ninguém foi indiciado até o momento. De acordo com o órgão, ainda falta ouvir servidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e da empresa aérea de cargas Master Top Airlines (MTA).

A abertura do inquérito foi determinada pelo ex-ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em setembro de 2010. Outros dois pedidos de prorrogação já tinham sido feitos no dia 14 de outubro e no dia 24 de novembro. A própria ex-ministra encaminhou à CGU e ao Ministério da Justiça ofícios solicitando a abertura de processos de investigação para apurar as denúncias.

Erenice Guerra foi secretária executiva da Casa Civil e, com a saída de Dilma Rousseff do cargo de chefe da pasta para disputar a Presidência, ela assumiu o comando. Segundo reportagens publicadas pela imprensa, Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil, usou a influência da mãe para cobrar propina em negociações entre empresas privadas e o governo.

Após as denúncias, Erenice pediu demissão do cargo. Mais dois funcionários da Casa Civil deixaram o órgão, acusados de envolvimento no suposto tráfico de influência.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Milagre de Natal

Segunda, 3 de janeiro de 2010
"Como num milagre de Natal, desapareceu na Casa Civil o documento original do convênio assinado em 2005 entre a Unicel e a diretoria de telecomunicação da Casa Civil para testes de um serviço móvel especializado (rádios comunicadores). Por coincidência, é claro, na época a Unicel tinha como diretor comercial o marido de Erenice, José Roberto Camargo Campos." (De Carlos Newton na Tribuna da Imprensa de hoje, sobre o "milagre" do desaparecimento de documentos que comprometem Erenice Guerra quando era ministra da Casa Civil da Presidência da República)
Leia a íntegra do artigo.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Começou mal

Domingo, 2 de janeiro de 2011
Mas ela começou mal. Como receber Erenice Guerra na posse? A quem atribuir essa afronta aos cidadãos brasileiros? Quem convidou? A presidente foi a última a saber? Ou foi a própria Dilma que mandou entregar o convite? Continuam amigas inseparáveis? (Jornalista Carlos Newton em artigo de hoje na Tribuna da Imprensa, sobre a presença de Erenice Guerra na posse de Dilma)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Empresária confirma propina a Israel Guerra

Terça, 26 de outubro de 2010
Notícia do jornal "O Estado de S. Paulo"
VANNILDO MENDES - Agência Estado

Em depoimento de mais de duas horas à Polícia Federal, a empresária Ana Veloso Corsini confirmou hoje que seu irmão, o piloto de Motocross Luís Corsini, pagou propina de R$ 40 mil a Israel Guerra, filho da ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), pela intermediação de um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobrás, em 2008. Com isso, o delegado Roberval Vivalvi, encarregado do inquérito, deve preparar o indiciamento de Israel.
Segundo relato de Ana Veloso, o patrocínio estava "entravado" e chegou a ser recusado, quando Israel, apresentado ao piloto, ofereceu-se para reverter a situação, alegando que "a mãe e a tia" o ajudariam a remover as dificuldades.
A tia a quem Israel se referia seria a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, substituída por Erenice no cargo em março deste ano, quando ela se desincompatibilizou para disputar a Presidência da República pelo PT. Erenice é braço direito de Dilma desde 2003, quando a candidata tornou-se ministra de Minas e Energia. A Eletrobrás era a área onde as duas exerciam mais influência. A candidata petista nega qualquer envolvimento com os atos atribuídos aos familiares da ex-colaboradora.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mudou de conversa


Segunda, 25 de outubro de 2010
Erenice, que foi braço direito de Dilma, agora já lembra que se reuniu com Rubnei Quícoli, lobista da EDRB, o mesmo que denunciou o filho da ex-ministra da Casa Civil da Presidência da República. A amnésia foi curada hoje (25/10) quando Erenice depôs à Polícia Federal sobre o escândalo.
A ex-ministra Erenice Guerra vinha negando o encontro com o lobista. Quícole denunciou que dois filhos e assessores da ministra, na presença dela, o pressionaram a pagar propina para que projeto da empresa que representava pudesse ser aprovado junto ao BNDES.

Em pelo menos duas oportunidades a Casa Civil havia negado a reunião com Erenice e Quícole.
Tomara que Erenice se lembre de mais detalhes de quando passou pela Casa Civil.

sábado, 9 de outubro de 2010

Estadão: Nomeado de Erenice nos Correios fecha contrato superfaturado em R$ 2,8 mi

Sábado, 9 de outubro de 2010
Deu em O Estado de S. Paulo
Leandro Colon e Karla Mendes - O Estado de S.Paulo

Documentos mostram que direção da estatal manobrou para ressuscitar licitação que havia sido cancelada

O presidente dos Correios, David José de Matos, e a diretoria da estatal aprovaram um contrato superfaturado em R$ 2,8 milhões para favorecer uma empresa de carga aérea. Documentos obtidos pelo Estado mostram que a nova direção da estatal, nomeada pela então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, manobrou para ressuscitar, em agosto, uma licitação que havia sido cancelada três meses antes pelo comando demitido da estatal.

Os documentos da presidência dos Correios e os registros dos pregões revelam o esforço da nova diretoria, que assumiu no dia 2 de agosto, para, duas semanas depois da posse, entregar à Total Linhas Aéreas um contrato de R$ 44,3 milhões.

A licitação foi concluída em meio à crise que derrubou Erenice da Casa Civil. Coube ao presidente Davi de Matos e seus diretores aprovarem no dia 15 de setembro, um dia antes da demissão da ministra, a contratação da Total, como mostra a ata da 36.ª reunião interna do comando da estatal. O contrato foi publicado no Diário Oficial da União de 4 de outubro, um dia depois do primeiro turno eleitoral. No período de um ano, a Total vai transportar cargas dos Correios no trecho Fortaleza-Salvador-São Paulo-Belo Horizonte.
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Guerra na Terracap

Sábado, 9 de outubro de 2010
O pagamento ao filho da ex-ministra braço direito e esquerdo de Dilma, Erenice Guerra, feito pela Terracap a título de verba indenizatória vai dar rolo. O pagamento foi feito contrariando a orientação de Rogério Rosso, o governador-tampão do DF, que determinou a exoneração e a suspensão de qualquer pagamento a Israel Dourado Guerra, o filho de Erenice.

Israel foi acusado, depois dos escândalos envolvendo gente da Casa Civil da Presidência da República, de ser funcionário fantasma na Terracap. Agora a Corregedoria Geral do Distrito Federal vai instaurar procedimento administrativo visando apurar o porquê do não cumprimento da ordem do governador.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Calados para não prejudicarem Dilma

Terça, 5 de outubro de 2010
Em silêncio. Foi assim que ficaram os dois filhos de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, e braço direito (e também esquerdo) da candidata Dilma Rousseff, hoje no que seriam seus depoimentos na Polícia Federal.

Os dois filhos de Erernice Guerra, Israel e Saulo Guerra, são acusados de operarem um esquema de favorecimento de fornecedores de bens e serviços ao governo de Lula.

Ninguém duvidava que o comportamento dos dois seria o silêncio. Se adiaram os depoimentos à PF para depois das eleições de 3 de outubro, visando não provocar estragos na candidatura de Dilma nas votações do último domingo, imagine agora que as eleições presidenciais serão decididas em segundo turno.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Estadão: CGU blinda Erenice Guerra às vésperas da eleição

Quinta, 30 de setembro de 2010
Publicado em O Estado de S. Paulo
Órgão anunciou fim de auditorias em contratos citados em escândalo que derrubou ex-ministra

Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo

A três dias das eleições, a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou a conclusão de auditorias em contratos mencionados no escândalo que derrubou Erenice Guerra da chefia da Casa Civil. O resultado da CGU blinda Erenice, não aprofunda o tráfico de influência de seus parentes, e não aponta qualquer indício de ligação dela com os episódios investigados. No máximo, admite que ela já foi sócia de um escritório contratado pelo governo.

As auditorias da CGU começaram no dia 14 de setembro a pedido do presidente Lula em meio ao movimento para dar respostas políticas durante o escândalo que levou à queda do braço-direito da ex-ministra e presidenciável Dilma Rousseff (PT). Em apenas duas semanas e às vésperas da eleição, o órgão do governo apresentou seus principais resultados, favoráveis para Erenice.

Para a CGU, o episódio que culminou com a queda da ex-ministra não teve qualquer irregularidade contratual. O empresário Rubnei Quicoli acusa integrantes da Casa Civil de tentarem intermediar o pedido de financiamento - para um projeto de usina solar - feito pela empresa ERDB ao BNDES. A CGU não aborda isso e explica: "A CGU concluiu que o pleito de financiamento teve o tratamento técnico previsto nas normas internas do BNDES e que o mesmo não foi aprovado por não atender aos requisitos exigidos pelos normativos internos daquela instituição financeira".

Segundo a controladoria, não houve também qualquer irregularidade na compra do remédio Tamiflu, no ano passado. De acordo com a revista Veja, Vinicius Castro, ex-assessor da Casa Civil, recebeu R$ 200 mil de propina pela compra do medicamento. A CGU também afirma que não houve falhas nas multas aplicadas à Matra Mineração, empresa ligada ao marido de Erenice.

A CGU investigou ainda a contratação - revelada pelo Estado - do escritório Trajano e Silva Associados pela Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Uma irmã de Erenice, Maria Euriza, era funcionária do órgão e autorizou, em agosto de 2009, a contratação, sem licitação, do escritório, cujo um dos sócios era um irmão delas, Antônio Alves Carvalho. A CGU afirma que ele entrou oficialmente na sociedade só em novembro. Só que o advogado Márcio Silva, um dos sócios do escritório, informara por escrito ao Estado que o irmão de Erenice era sócio desde fevereiro do ano passado. Márcio Silva, aliás, é o advogado de campanha de Dilma.

A CGU revela que a própria Erenice já foi do quadro societário dessa banca. a auditoria admite falhas no processo de contratação sem licitação, mas minimiza o episódio, fazendo apenas recomendações.

sábado, 25 de setembro de 2010

Estadão: Depósito bancário comprova propina de R$ 120 mil para filho de Erenice

Sábado, 25 de setembro de 2010
Do Estadão
Fábio Baracat fez a transferência para conta da consultoria de Israel Guerra 6 dias após a Anac dar permissão de voo à empresa MTA

Leandro Colon

Documentos bancários em poder da Polícia Federal, obtidos ontem pelo Estado, confirmam que o filho da ex-ministra Erenice Guerra recebeu propina de R$ 120 mil seis dias depois de a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conceder permissão de voo à Master Top Linhas Aéreas (MTA).

Os papéis mostram ainda que Israel Guerra e seus sócios tentaram cobrar propina numa negociação para que a Infraero reduzisse, em fevereiro deste ano, uma multa de R$ 723 mil imposta à MTA por deixar um avião parado na pista por mais de 30 dias. O valor da propina, nesse caso, era de R$ 50 mil.

A polícia recebeu a documentação quinta-feira das mãos do empresário Fábio Baracat, que representava a MTA em Brasília. Pela primeira vez, documentos bancários comprovam o pagamento do lobby feito na Casa Civil. O escândalo derrubou Erenice Guerra da chefia da pasta.

O Estado teve acesso à integra das 16 páginas do depoimento prestado por Baracat e aos documentos que ele entregou à PF. O empresário disse que, num encontro com Erenice, em março deste ano, ela não cobrou o pagamento dos serviços prestados pelo filho, mas deu um "conselho" aos "presentes": "Erenice Guerra disse aos presentes que todos os compromissos assumidos, sejam políticos, pessoais ou profissionais, devem ser cumpridos".

Véspera de Natal. Um comprovante bancário mostra que, às 9h17 de 24 de dezembro de 2009, Baracat fez uma transferência eletrônica de sua conta bancária, no valor de R$ 120 mil, para a conta da Capital Assessoria, empresa de Israel Guerra e de Vinicius Castro, então assessor da Casa Civil. O pagamento foi feito seis dias depois de a Anac revogar, numa decisão emergencial, a punição que proibia a MTA de operar por falta de documentos.

E-mails entregues à PF mostram que a MTA foi orientada pelos lobistas a procurar a direção da Anac, incluindo a sua presidente, Solange Vieira. Ela já negou qualquer irregularidade no episódio. Segundo a Anac, a MTA apresentou a documentação necessária para reverter a punição.

Leia a íntegra da reportagem de Leandro Colon em O Estado de S. Paulo.

sábado, 18 de setembro de 2010

Diretor dos Correio seria laranja de empresário argentino

Sábado, 18 de setembro de 2010
Publicado em "O Estado de S. Paulo"
Diretor dos Correios e argentino se unem para controlar transporte
Documentos mostram que eles montaram empresas de fachada para operar MTA, pivô de lobby que derrubou ministra Erenice Guerra

Leandro Colon - O Estado de S.Paulo
O diretor de Operações dos Correios, coronel Eduardo Artur Rodrigues, que assumiu o cargo em 2 de agosto numa "reformulação administrativa" comandada pela ex-ministra-chefe Erenice Guerra, é testa de ferro do empresário argentino Alfonso Conrado Rey. Alfonso, que mora em Miami, é o verdadeiro dono da empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA).
Ex-coronel da Aeronáutica, Rodrigues faz parte de um grupo de executivos e advogados que tem uma rede de empresas de fachada espalhadas pelo Uruguai, EUA e Brasil. Eles movimentam dinheiro para um casal de laranjas brasileiros, como provam documentos do Banco Central e trabalham para fazer da MTA o embrião da empresa de logística e carga aérea que o governo Lula promete criar após as eleições. O negócio atiça os empresários porque os Correios pretendem comprar dessas empresas aéreas os aviões da nova estatal.
O Estado teve acesso e juntou documentos da Justiça e do Banco Central e da própria MTA que revelam o papel duplo do diretor dos Correios e ajudam a entender como a empresa já abocanhou R$ 60 milhões em contratos públicos. A MTA ganhou as manchetes nas últimas semanas por causa do tráfico de influência de Israel Guerra, filho da ministra Erenice, a seu favor. A ministra caiu na quinta-feira, depois de a revista Veja ter revelado que Israel intermediou junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a devolução da certificação de voo da MTA, que fora suspensa.
Os documentos mostram que o coronel Artur envolveu-se pessoalmente no esquema montado para a empresa MTA funcionar no Brasil. Era, inclusive, consultado sobre decisões a serem tomadas. A legislação brasileira é clara: o capital estrangeiro não pode superar 20% em empresas aéreas. Para viabilizar a MTA com recursos externos e driblar autoridades, foi criada, de 2005 para cá, a tal rede com pelo menos seis empresas de fachada com sede em apenas dois endereços: um em Campinas e outro em Montevidéu, no Uruguai.
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Simon quer discutir na CCJ informações da Procuradoria-Geral sobre Erenice Guerra

Sexta, 17 de setembro de 2010
Da Agência Senado

Senador Pedro Simo

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) informou nesta sexta-feira (17), em entrevista à Agência Senado, que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) enviou ao procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, pedido de informação sobre denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra.

O requerimento solicitando as informações foi apresentado à comissão pelo próprio Simon e os entendimentos para o envio da solicitação ao procurador-geral foram acertados em conversa por telefone mantida com o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO).

Simon informou ainda que Demóstenes convocará uma reunião extraordinária da CCJ, antes das eleições, para analisar os documentos a serem enviados pela Procuradoria Geral da República.

- Temos que conhecer o conteúdo das denúncias que chegaram à Procuradoria, saber das providências tomadas e analisar o assunto na Comissão de Constituição e Justiça do Senado - disse.

Simon afirmou que a Procuradoria Geral da República possui muitos documentos com relação às denúncias veiculadas pela imprensa nos últimos dias, as quais envolvem o filho de Erenice Guerra e servidores da Casa Civil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos Correios.

Na opinião do parlamentar, os fatos ocorridos são graves e o Senado precisa ser informado sobre as origens e os desdobramentos desse caso, bem como das providências adotadas pela Procuradoria. 

Erenice Guerra recebe “censura ética” da Comissão de Ética da Presidência

Sexta, 17 de setembro de 2010
Da Agência Brasil
Yara Aquino - Repórter

Brasília - A Comissão de Ética da Presidência da República aplicou hoje (17) “censura ética” à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, por não ter apresentado ao órgão, logo após a sua posse, declaração de bens, de situações que suscitem conflitos de interesses em áreas afim à competência do cargo público que exerce e se há parentes em áreas afins àquela que atua.

A declaração deve ser apresentada por autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração Pública até dez dias após a posse. De acordo com o conselheiro Fábio Coutinho, a ex-ministra chegou a ser notificada pela comissão para que apresentasse a declaração, mas não se manifestou.

A comissão decidiu também hoje abrir um processo para apurar se a ex-ministra praticou falta ética no caso da denúncia de tráfico de influência noticiada pela revista Veja do último final de semana.

Segundo o relator do processo, conselheiro Fábio Coutinho, após ser notificada da decisão da comissão, a ex-ministra terá 10 dias para apresentar sua defesa. “A defesa prévia será analisada, vamos ver quem ouvir. Não dá para dizer quanto tempo levará o processo. Ele correrá em caráter de reserva”, explicou Coutinho.

O processo poderá resultar em uma censura ética que ficaria registrada nas informações funcionais da ex-ministra pelo período de três anos.

Na segunda-feira (13), Erenice Guerra, ainda na condição de ministra, enviou um ofício à comissão de ética pedindo para que fosse aberto procedimento para apurar sua conduta em relação às denúncias publicadas pela revista Veja. O processo de apuração ética aberto hoje é resultado do procedimento preliminar iniciado na segunda-feira.