Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Unacon Sindical promove Ato em Defesa da Controladoria-Geral da União nesta quarta, 18

Quarta, 18 de maio de 2016
Manifestação será realizada em frente ao Edifício sede do órgão, a partir das 10h. Servidores defendem manutenção da denominação e da vinculação do órgão à Presidência da República
Poe Nayara Young —UnaconSindical

Parlamentares, entidades de classe, movimentos sociais e organizações da sociedade civil já confirmaram presença no Ato em Defesa da Controladoria-Geral da União (CGU). Promovida pelo Unacon Sindical, a manifestação será realizada na próxima quarta-feira, 18 de maio, às 10h, em frente ao edifício sede do órgão em Brasília, DF. O ato irá dar espaço para declarações de apoio à manutenção da denominação e da vinculação do órgão à Presidência da República. Regionais também vão protestar no mesmo dia e horário.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Operação Lava Jato: CGU declara inidônea a empresa Mendes Júnior

Quinta, 28 de abril de 2016
Michelle Canes - Repórter da Agência Brasil
A Controladoria-Geral da União (CGU) declarou a empresa Mendes Júnior inidônea. Com a decisão, a construtora fica proibida de assinar novos contratos com a Administração Pública por pelos menos dois anos. A medida, assinada pelo ministro Luiz Navarro, foi publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial da União.

A decisão é a primeira penalidade aplicada a uma das empresas que estão envolvidas na Operação Lava Jato e foi tomada na conclusão do Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) contra a construtora.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Unafe, a Anauni, o Sinprofaz e a Anajur: AGU não se confunde com Luís Inácio Adams

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Quinta, 8 de outubro de 2015
Da Unafe
União dos Advogados Públicos Federais do Brasil
A Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil), a Anauni (Associação Nacional dos Advogados da União), o Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional) e a Anajur (Associação Nacional dos Membros das Carreiras da AGU), diante dos últimos acontecimentos veiculados na mídia envolvendo a atuação da Advocacia-Geral da União, vêm a público prestar esclarecimentos sobre a real missão da Instituição e a atual gestão da AGU comandada pelo senhor Luís Inácio Adams.
Destaca-se, de início, que a AGU não se confunde com Luís Inácio Adams. A AGU, constituída por quase 8 mil advogados públicos, é Função Essencial à Justiça, conforme estabelece a Constituição Federal, competindo-lhe, por lei, promover o controle de legalidade e defender o Estado brasileiro. Deve garantir a viabilidade das políticas públicas e atuar em favor de todos os poderes da União.
Luís Inácio Adams, no entanto, com ótica própria, se afastou dos ditames constitucionais e optou, deliberadamente, por uma advocacia de governo em detrimento de uma advocacia de estado. Preferiu os encantos do poder às demandas da instituição, do Estado e do povo brasileiro. Transformou a res publica em res privada.
Em 2014, o atual AGU defendeu, junto ao TCU, os interesses pessoais da então presidente da Petrobras.  Em sustentação oral, Adams argumentou que os bens de Graça Foster não deveriam ser bloqueados em favor da Estado. Ou seja, atuou contra os interesses da União, a qual deveria defender. Priorizou o interesse do governo em detrimento do interesse do Estado e do povo brasileiro. Houve, inclusive, um questionamento público da conduta em questão pelas associações (http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,unafe-pedira-explicacao-sobre-atuacao-da-agu-em-defesa,1542155).
Mais recentemente, Adams esforçou-se para viabilizar acordos de leniência com as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato. Agiu sem envolver os membros da AGU, tampouco debater o tema internamente. Chegou a publicar um vídeo no sítio eletrônico da AGU tentando justificar o injustificável: seu envolvimento político na questão.
Mas não é só. Com sua visão distorcida da Constituição, Adams tenta transformar a AGU em um aparelhado órgão de governo. Esforçou-se para aprovar, no Congresso Nacional, o Projeto de Lei Complementar 205/12, que enfraquece as carreiras concursadas e possibilita a nomeação de advogados sem concurso público nos quadros da AGU. Sua aprovação seria uma tragédia para a instituição e para o Estado brasileiro.
De fato, desde que o Luis Inácio Adams assumiu o cargo, a AGU vive seu pior momento. Apesar dos sucessivos recordes de arrecadação (apenas em 2014, o órgão arrecadou 3.500% mais que o previsto) e da economia de trilhões de reais aos cofres públicos, o processo de sucateamento da AGU é uma realidade inquestionável.Os resultados de arrecadação são frutos exclusivos do trabalho diligente dos membros das carreiras da AGU.
Não há estrutura mínima (carreira de apoio, unidades alocadas em instalações precárias) e não há prerrogativas mínimas para exercício do cargo pelos membros. Diversas unidades da AGU, Brasil afora, têm sido despejadas por falta de pagamento de aluguéis (http://jota.info/vacas-magerrimas), as linhas telefônicas são cortadas ( http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/1672094-escritorios-da-agu-tem-telefone-cortado-por-falta-de-pagamento.shtml)  e os membros da instituição são obrigados a conviver com ratos, morcegos e escorpiões (http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000764611/predios-da-agu-tem-condicoes-precarias.html).
Vale notar que, por tudo o que restou relatado, os advogados públicos federais repudiam fortemente as condutas ultimadas pelo referido Advogado-Geral à frente do órgão.  A atual gestão de Luís Inácio Adams é repudiada por nada menos do que 99% dos membros da instituição (http://unafe.org.br/index.php/9865-dos-advogados-publicos-federais-rejeitam-a-atual-gestao-do-adams/). Em lista tríplice organizada pela Unafe e outras associações da AGU, o atual Ministro não recebeu sequer um mísero voto. 
As entidades signatárias sempre pautaram suas atuações pela transparência e pela defesa dos interesses da AGU, de seus membros e do Estado brasileiro. Justamente por isso e, ante os desvios perpetrados por Luís Inácio Adams à frente da AGU, os advogados públicos defendem que o próximo Advogado-Geral da União seja nomeado com base na lista tríplice democraticamente escolhida pela carreira. Defende, ainda, que a AGU seja autônoma, capaz de atuar de forma livre e técnica, como advocacia do Estado brasileiro e não como órgão aparelhado de defesa dos interesses deste ou daquele governo, como pretende Adams.
Em virtude dos últimos acontecimentos, setores da imprensa têm cunhado a AGU de “golpista”, fato que expõe a Instituição como um todo. Com relação a isso, esclarece-se que a instituição que defende os interesses do Estado não é golpista e não pode ser maculada diante de questões controversas envolvendo atos de governo.
Nós, advogados públicos federais, sentimo-nos no dever de separar o joio do trigo. A sociedade brasileira merece saber.
Fonte: Unafe e Blog do Sombra

sábado, 26 de setembro de 2015

A quem interessa quebrar a CGU?

Sábado, 26 de setembro de 2015
Por Maria Lucia Fattorelli
Os jornais de hoje [26/9] estampam que a Controladoria Geral da União (CGU) será “fatiada” em três pedaços, que serão jogados em três locais diferentes: Casa Civil, Ministério da Justiça e o Ministério da Cidadania, ainda a ser criado.
Quem teve essa ideia? Quem é o autor desse projeto? A quem interessa quebrar a CGU, que tem o poder inclusive de fiscalizar o Banco Central e auditar a dívida pública, apesar de tais atribuições nunca entraram na pauta daquele órgão?
Temos denunciado uma série de mecanismos praticados pelo Banco Central, que ao mesmo tempo geram dívida pública e transferem bilhões de recursos públicos ao sistema financeiro privado nacional e internacional, tais como:
– Quase R$ 1 trilhão em operações “compromissadas”, que na prática correspondem à remuneração de toda a sobra de caixa dos bancos às custas de emissão de dívida pública, que tem que ser paga por toda a sociedade.
– Escandalosas operações de “swap” cambial, que garantem aos bancos e grandes empresas a variação do dólar, somaram prejuízos superiores a R$150 bilhões nos últimos meses, que foram cobertos com dívida pública, a ser arcada por toda a sociedade.
– Remanejamento de parte da dívida interna para dívida externa, em obediência a manual do FMI, renderá a rentistas internacionais não só os juros mais altos do mundo e isenções fiscais, mas também a variação cambial sobre tais títulos, e estamos falando de cifra superior a 150 bilhões de dólares.
– Estabelecimento de juros básicos (SELIC) em patamares elevadíssimos, sem justificativa técnica, política, econômica ou jurídica, que além de gerar elevado ônus e fazer a dívida crescer como bola de neve, influenciam no estabelecimento das taxas de mercado e amarram o país, impedindo o crédito necessário para financiar investimentos geradores de emprego.
Esses são apenas alguns exemplos que a CGU teria atribuição para investigar e tirar a limpo, apurando irregularidades na condução dessas operações que vêm geram mais de R$ 1 trilhão de dívida pública, ao mesmo tempo em que transferem os ganhos para o setor financeiro. A sociedade fica com a conta da dívida pública, que tem sido paga às custas de rigoroso ajuste fiscal: corte de gastos e investimentos públicos, aumento de tributos e privatização de patrimônio público. Por outro lado, o setor financeiro fica com os fabulosos ganhos dessas operações.
É devido a essas benesses que os lucros dos bancos não param de crescer. Foram superiores a R$ 80 bilhões no ano passado, e, tanto no primeiro como no segundo trimestre deste ano elevaram mais de 15% em relação ao mesmo período no ano passado.
Que mágica garante esses crescentes lucros, apesar de estarmos em processo de desindustrialização, queda no comércio, paralisação de investimentos públicos, recessão, e até encolhimento do PIB?
Não se trata de mágica, mas de política monetária exercida pelo Banco Central, deliberadamente em favor do setor financeiro e lesiva ao país, que caberia à CGU apurar. É por isso que toda a sociedade deve protestar contra a quebra da CGU, e exigir que suas atribuições mais nobres, de auditar a dívida pública e fiscalizar o Banco Central sejam devidamente exercidas.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Nota do MPF sobre acordos de leniência da CGU e empreiteiras corruptas

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Segunda, 2 de março de 2015

Do MPF
Nota à Imprensa

Em relação a matéria publicada no jornal Valor no dia 27 tratando de acordos de leniência, o MPF esclarece:

O MPF reconhece a competência da CGU para realizar acordos de leniência e pretende caminhar em harmonia com os demais órgãos e poderes da União, conforme ressaltado em recente reunião com o Tribunal de Contas. Contudo, entende o MPF que, a depender do modo de celebração desse tipo de acordo, ele pode ser prejudicial ao interesse público.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Judiciário pode anular os acordos entre CGU e empreiteiras

Terça, 24 de fevereiro de 2015
Da Tribuna da Internet
Fábio Medina Osório
Um dos principais efeitos da omissão governamental em relação à Lei “Anticorrupção” é a inviabilização de qualquer iniciativa da Controladoria Geral da União (CGU), que não pode instaurar investigações com base na Lei 12.846/13 antes da regulamentação dessa norma. Se não pode instaurar investigações, tampouco pode desencadear processos punitivos e, muito menos, aplicar penalidades. Por consequência, a autoridade administrativa não pode celebrar acordos de leniência. Exatamente por isso, causa surpresa o noticiário de que há tratativas em andamento para celebrar acordos de leniência, com base nessa Lei, entre a CGU e empreiteiras.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Lava Jato: Associações e Ministério Publico junto ao TCU querem impedir acordos na CGU

Sábado, 21 de fevereiro de 2015
Do Contas Abertas
Dyelle Menezes
“Em defesa da Operação Lava Jato”, três entidades apresentaram ao Ministério Público de Contas preocupações em relação a possíveis acordos de leniência celebrados, neste momento, pela Controladora Geral da União (CGU) com as empresas investigadas. O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, acatou a argumentação e e encaminhou ontem (20) representação ao presidente da Corte, ministro Aroldo Cedraz.

Os questionamentos que ocasionaram a representação do procurador foram manifestados pela Associação Contas Abertas, a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil e a Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. O objetivo é impedir qualquer homologação de acordos que venham ser celebrados entre o Poder Executivo da União e as pessoas jurídicas de direito privado envolvidas na Lava Jato.

Entre os argumentos da representação, o procurador destacou que os acordos ferem “a divisão harmônica dos poderes e competência entre os diversos órgãos da República que estando uma operação em curso, conduzida pelo Ministério Público Federal com suporte da Polícia Federal, com amplas repercussões cíveis e penais, possa um órgão do Poder Executivo, com esfera de atuação muito mais limitada, atravessar a operação para celebrar acordos de leniência que tenham por substrato fático o mesmo conjunto de fatos já investigados pelo Ministério Público Federal”, explica.

Ministério Público no TCU quer suspender acordos da Lava Jato via CGU

Sábado, 21 de fevereiro de 2015
Do Blog do Fernando Rodrigues
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União entrou ontem (20.fev.2015) à noite com um pedido de ação cautelar contra a celebração de acordos de leniência entre o governo federal e as empreiteiras acusadas de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato.

Leia a íntegra:
http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2015/02/21/ministerio-publico-no-tcu-quer-suspender-acordos-da-lava-jato-via-cgu/

sábado, 2 de agosto de 2014

Os salários que o Sesi paga aos apadrinhados do PT

Sábado, 2 de agosto de 2014

As remunerações a indicados por Lula e pelo partido chegam a R$ 36 mil – e alguns deles nem precisam aparecer para trabalhar

MURILO RAMOS
Revista Época
BUUUU!!! A filial do Conselho do Sesi em São Bernardo, São Paulo. Os funcionários deveriam trabalhar lá, mas ninguém conseguia vê-los antes da visita dos caça-fantasmas  (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA)
 
Um espectro ronda a casa 787 da Rua José Bonifácio, numa esquina do centro de São Bernardo do Campo, em São Paulo – o espectro do empreguismo. De longe, vê-se apenas uma casa amarela, simples e estreita como as demais da região. De perto, subitamente, tudo o que é sólido se desmancha no ar e – buuu! – sobram somente os fantasmas. Naquele endereço, na cidade paulista onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mora e fez sua carreira, funciona o “escritório de representação”, em São Paulo, do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria, o Sesi. A casa amarela mal-assombrada fica a 40 metros do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em que Lula se projetou como um dos maiores líderes políticos do Brasil. O sindicato mais famoso do país continua sob o comando de Lula e seus aliados. A casa amarela foi criada por esses aliados no governo de Lula. Quem a banca são as indústrias do país. Todo ano, elas são obrigadas a financiar as atividades do Sesi, cuja principal finalidade é qualificar os trabalhadores das indústrias. A casa amarela é um dos melhores lugares do Brasil para (não) trabalhar. O escritório é modesto, mas os salários são inimagináveis – e as jornadas de trabalho, imaginárias. Difícil é entrar. É preciso ser amigo de petistas poderosos.
 
Na manhã da última quarta-feira, ÉPOCA reuniu coragem para bater à porta da casa amarela. Estava em busca de Marlene Araújo Lula da Silva, uma das noras do ex-presidente Lula. No papel e na conta bancária, ela trabalha ali. A reportagem encontrou apenas dois sindicalistas, além da copeira Maria e da secretária Silvana. Dona Maria parece ser a mais produtiva do lugar. Faz um ótimo café. Talvez por medo, não fala sobre as aparições. Assim que ÉPOCA perguntou pela nora de Lula, a secretária Silvana tratou de alertá-la por telefone. Cerca de 45 minutos depois, Marlene finalmente estacionava seu Hyundai Tucson preto na garagem.
 
Casada com o quarto filho de Lula, Sandro Luís Lula da Silva, Marlene raramente aparece no serviço, apesar de ter um salário de R$ 13.500 mensais. Diz ser “formada em eventos”. Questionada sobre o que faz no Sesi, onde está empregada desde 2007, Marlene foi vaga. Disse trabalhar em programas do Sesi na capital paulista e na região do ABC. “Trabalho com relações institucionais. Fico muito tempo fora do escritório. Tenho uma jornada flexível. Quem me contratou foi o Jair Meneguelli”, afirmou. Meneguelli é o presidente do Sesi. Sindicalista e amigo de Lula, ocupa o cargo desde que o PT chegou ao Planalto, em 2003. “Mas por que está fazendo essas perguntas? Se você está me procurando, deve ser pela ligação que tenho de sobrenome”, disse.
 
Marlene é apenas um dos fantasmas vermelhos que, segundo descobriu a Controladoria-Geral da União, a CGU, habitam a casa amarela. No começo do ano, funcionários do Sesi procuraram a CGU para denunciar a existência de fantasmas nos quadros da entidade. Todos indicados por Lula e outros próceres do PT. Os auditores da CGU, como caça-fantasmas, foram a campo. Encontraram apenas ectoplasmas. Estiveram na casa amarela e jamais flagraram a nora de Lula trabalhando. Experimentaram ligar em horários alternados, na tentativa de achá-la na labuta. Nenhum vestígio. Por fim, decidiram perguntar ao Sesi que atividades Marlene exercera nos últimos tempos. A resposta foi evasiva. Agora, a CGU trabalha num relatório sobre a caça aos fantasmas.
 

terça-feira, 12 de junho de 2012

CGU declara Delta inapta a assinar contratos com administração pública

Terça, 12 de junho de 2012 

Do Estadão

Processo constatou responsabilidade da Delta em superfaturamento e desvio de dinheiro público


VANNILDO MENDES - Agência Estado
BRASÍLIA - Em portaria assinada nesta terça-feira, 12, para ser publicada na edição de quarta-feira, 13, do Diário Oficial da União, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, declarou a empresa Delta Construções S/A inidônea para contratar com a Administração Pública. A decisão, como antecipou o jornalista João Bosco Rabello na coluna Direto de Brasília publicada na edição de 3 de junho do jornal O Estado de S. Paulo, baseia-se na conclusão do processo administrativo aberto na Corregedoria-Geral da União em 24 de abril último.
O processo constatou responsabilidade da Delta nas irregularidades, entre as quais superfaturamento e desvio de dinheiro público, apuradas na Operação Mão Dupla, realizada pela Polícia Federal em conjunto com a CGU e o Ministério Público, em 2010. A operação fez um pente fino na execução de contratos de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O processo foi concluído pela Comissão de Processo Administrativo de Fornecedores (CPAF), unidade especializada da CGU para apurações contra empresas fraudadoras. Leia a íntegra

terça-feira, 24 de abril de 2012

CGU instaura processo para apurar denúncias de irregularidades na construtora Delta

Terça, 24 de abril de 2012
Da Agência Brasil
Christina Machado, repórter
A Controladoria-Geral da União constituiu comissão para apurar irregularidades supostamente praticadas nas relações da Delta Construções S.A. com a administração pública federal – especialmente com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

De acordo com a portaria assinada pelo controlador-geral da União, Jorge Hage, e publicada hoje (24) no Diário Oficial da União, o processo será conduzido pela Comissão de Processo Administrativo de Fornecedores da Controladoria-Geral da União.

A Delta é suspeita de envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, preso por suspeita de explorar jogos ilícitos. Cachoeira foi detido durante a Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro pela Polícia Federal, que resultou na prisão de 20 pessoas. Os contratos da Delta com o governo federal foram firmados entre 1º de janeiro de 2004 e 31 de março de 2012.

Além disso, uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) vai investigar as relações de agentes públicos e privados com Carlinhos Cachoeira, entre eles está o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

sábado, 14 de abril de 2012

CGU aponta fraudes em obras da Delta

Sábado, 14 de abril de 2012
 Do Estadão
FÁBIO FABRINI - Agência Estado
A Controladoria Geral da União (CGU) apontou irregularidades em obras da Delta Construções, cujos contratos somam R$ 632 milhões. Auditorias do órgão, responsável pelo controle interno do governo federal, listam pagamentos ilegais, indícios de superfaturamento, execução de serviços sem qualidade e diversos outros tipos de impropriedade em contratos da empresa, fiscalizados a partir de 2007.

Uma das principais construtoras do setor rodoviário no País, a Delta concentra atividades no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), além de atuar em aeroportos e em megaempreendimentos como a Transposição do Rio São Francisco. Nas estradas federais, a CGU encontrou problemas em ao menos 60 obras de pequeno, médio e grande portes nos últimos cinco anos.

Em boa parte dos casos, houve falhas nas licitações e o valor dos contratos foi inflado, não raro acarretando prejuízo ao erário. Segundo os auditores, a precariedade da fiscalização do governo favoreceu as irregularidades. Leia a íntegra

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CGU conclui auditoria especial no Ministério do Turismo

Quarta, 21 de dezembro de 2011
Da CGU
 21/12/2011
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu, nesta terça-feira (20), e está encaminhando aos órgãos competentes, para as providências cabíveis nas respectivas áreas de atuação, relatório contendo os resultados da Auditoria Especial realizada, por determinação da presidenta Dilma Rousseff, para apurar denúncias de irregularidades no Ministério do Turismo (MTur).

A equipe de auditores designada pelo ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, em agosto deste ano, verificou a procedência de denúncias veiculadas na imprensa sobre a execução de convênios e contratos celebrados pelo MTur com 22 entidades, no âmbito do programa “Turismo Social no Brasil: Uma Viagem de Inclusão”. O foco das apurações foi voltado às atividades de qualificação profissional do projeto “Bem Receber Copa”, relacionado à realização da Copa do Mundo de 2014.


Os trabalhos de apuração contaram com a total colaboração do ministério, o que facilitou o pleno acesso da equipe de auditores a toda documentação, processos e arquivos necessários do MTur.


A Controladoria incluiu no escopo do trabalho tanto os fatos denunciados na mídia sobre a Operação “Voucher”, como outros processos do Ministério voltados à infraestrutura e à promoção de eventos turísticos. Ao todo, a CGU analisou 54 convênios e cinco contratos, que englobam um total de R$ 281.827.852,38 milhões fiscalizados. Desse montante, a auditoria concluiu por apontar o valor de R$ 67.057.540,48 não justificados. Esse valor, que representa o possível prejuízo, poderá sofrer variação a partir de esclarecimentos a serem apresentados pelo Ministério do Turismo, após analisar prestações de contas pendentes e corrigir inconsistências observadas em suas bases de dados.


Leia a íntegra do Relatório (
clique aqui).

Principais constatações no MTur

A CGU identificou, entre as principais falhas, deficiências estruturais nos processos de gestão e irregularidades nos atos de aprovação, pelo ministério, dos planos de trabalho apresentados pelas entidades convenentes e empresas contratadas, assim como nas suas prestações de contas e execução dos objetos contratuais.


Nas ações voltadas à infraestrutura turística, em especial em relação à execução de obras, a CGU identificou um número expressivo de projetos não iniciados ou paralisados. Já em relação à promoção de eventos turísticos, foram constatados desde a falta de comprovação das despesas realizadas pelas entidades convenentes até vícios em processos de contratação (incluindo vínculos societários e/ou comerciais entre os executores dos projetos), que acabam por comprometer a oferta de preços competitivos e a regular aplicação dos recursos públicos.


A Controladoria também apurou disfunções na seleção das entidades parceiras. O MTur, em vez de realizar seleção pública, optou pela escolha de agentes vinculados ao Conselho Nacional do Turismo, que, por sua vez, contrataram entidades públicas e privadas para executar a capacitação.


No que se refere ao monitoramento da execução, ficou evidenciado que essa atividade é desempenhada pelo ministério de forma descoordenada e sem a estruturação de procedimentos e rotinas de acompanhamento. O órgão não demonstrou possuir planejamento estratégico para conduzir as ações de capacitação, o que resulta na indefinição da linha de atuação a ser seguida e sobreposição de gastos – que poderiam ser direcionadas ao atendimento de um público alvo maior ou com maior efetividade e qualidade.


Nas fiscalizações realizadas pela CGU “in loco”, em todos os Estados alcançados pelos convênios, foi verificado, por meio de entrevistas com pessoas que foram capacitadas, que, embora aqueles cursos tenham realmente sido ofertados, muitos dos beneficiários não foram localizados através dos contatos deixados no cadastro das entidades. Isso levanta suspeitas de possível inserção indevida de registros para inflar o número de pessoas efetivamente atendidas. Por isso, o Ministério do Turismo deve oficiar as entidades para que disponibilizem o cadastro a fim de comprovar o número de pessoas efetivamente atendidas.


Já em relação à aprovação dos planos de trabalho apresentados pelas entidades, a Controladoria identificou a ausência de parâmetros previamente definidos pelo MTur para análise de custos de capacitação aluno/hora/aula. Isso resultou em aprovação de valores substancialmente superiores, se comparados aos utilizados em outros programas governamentais. Também foram constatadas falhas processuais, indicando manipulação de documentos nos processos.


A CGU verificou, entre outras coisas, que houve superdimensionamento de valores dos cursos. Para viabilizar a ocultação do sobrepreço, houve a participação inclusive de uma então servidora do ministério (já afastada), que está respondendo agora a Processo Administrativo Disciplinar (PAD).


Em várias das prestações de contas apresentadas, não houve a comprovação adequada de uma série de despesas, entre as quais os pagamentos de palestrantes e debatedores; fornecimento de alimentação aos participantes do evento, sem a apresentação da listagem da quantidade de lanches efetivamente distribuídos; e diárias e passagens, sem a relação dos beneficiários, os critérios de seleção dos mesmos, bem como os comprovantes das despesas (comprovantes de embarque e documentos fiscais relativos aos hotéis pagos).


Recomendações


O mesmo relatório que identifica as falhas em licitações e contratos no Ministério do Turismo, também contém recomendações para a correção dos problemas apresentados.


No que se refere às ações de qualificação profissional, especialmente às referentes ao Projeto “Bem Receber Copa”, a CGU recomenda, de forma cautelar, manter suspensas as transferências de recursos por meio de convênios ou termos de parceria às entidades cujos convênios foram analisados no âmbito deste trabalho, nos termos do Decreto nº 7.592/2011. Entre as providências necessárias, está a revisão das prestações de contas já aprovadas, bem como a instauração, nos casos devidos, de Tomada de Contas Especial (TCE), para recomposição dos valores ao erário.


No tocante aos convênios que têm por objeto a realização de eventos turísticos, a CGU recomenda a padronização e o detalhamento dos procedimentos relacionados à formalização, execução e prestação de contas, a fim de evitar que as ocorrências registradas se repitam nos contratos já firmados ou a serem celebrados.


Há também recomendação para definir procedimentos de monitoramento da execução dos convênios, contemplando o acompanhamento dos registros pelos convenentes no Sistema Siconv.


Providências do MTur


Como resultado da interação da CGU com o Ministério do Turismo, várias providências saneadoras já foram ou estão sendo adotadas para corrigir as irregularidades identificadas pela CGU. A pasta suspendeu, desde setembro passado, todos os pagamentos relativos a convênios com entidades privadas sem fins lucrativos, e as recomendações da CGU estão sendo adotadas na íntegra.


Além disso, em cumprimento ao Decreto Presidencial nº 7592, uma auditoria interna foi constituída para apurar possíveis irregularidades e o pagamento de todos os convênios vigentes foi interrompido. Todas as entidades citadas no relatório da CGU já estão sendo oficiadas para que apresentem as prestações de contas dos recursos transferidos, levando em consideração os fatos registrados no relatório.


Encaminhamentos


O Relatório de Auditoria será encaminhado pela CGU, além de ao Ministério do Turismo, aos seguintes órgãos, para as providências que cabem a cada um: Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Justiça (para envio ao Departamento de Polícia Federal) e Advocacia-Geral da União (AGU).


Além dos casos abordados neste Relatório de Auditoria, outras situações irregulares encontram-se em apuração na Corregedoria-Geral da União (órgão vinculado à CGU), mediante sindicâncias e processos disciplinares, cujos prazos obedecem aos ditames legais e não podem ser abreviados, tendo em vista o direito ao contraditório e à ampla defesa dos acusados, uma vez que se trata aí de processos punitivos. A Corregedoria-Geral da CGU, ademais, está recebendo também uma cópia do Relatório, tanto para subsidiar aqueles processos já em curso, quanto para possível instauração de novos processos e sindicâncias.

sábado, 15 de outubro de 2011

Auditoria da CGU constata desperdício de R$ 10 milhões em Furnas na operação para construção de usina

Sábado, 14 de outubro de 2011
Da Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou hoje (14) o resultado de uma auditoria feita na estatal Furnas Centrais Elétricas após denúncias de irregularidades veiculadas pela imprensa em janeiro. O principal problema encontrado foram gastos de R$ 10 milhões referentes à construção da Usina Serra do Facão, no Rio São Marcos, em Goiás, que poderiam ter sido evitados.

De acordo com o relatório, Furnas gastou R$ 1,6 milhão sem necessidade por não aprovar a emissão de 14 mil debêntures da Serra do Facão Participações. O documento também diz que um novo modelo societário financeiro aprovado para a Serra do Facão Participações resultou em problemas na substituição de uma empresa que participava do empreendimento, o que gerou prejuízos de R$ 8,4 milhões.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ministro do STF rebate crítica de Hage sobre “garantismo” do Tribunal

Terça, 26 de setembro de 2011
Da Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu hoje (26) as críticas do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, sobre o excesso de “garantismo” da Suprema Corte. Hoje à tarde, o Hage disse que “o entendimento do Supremo sobre a forma como a atual legislação aborda a presunção de inocência favorece demais o réu”.  

Marco Aurélio se declarou “perplexo” com o fato de a crítica ter vindo de um ex-membro da magistratura – Hage já foi juiz no Distrito Federal - , e disse que o Supremo é responsável pela prevalência da Constituição Federal. “A Constituição é muito explícita ao dizer que ninguém será culpado até o trânsito em julgado, isso está em bom vernáculo. Se ele pretende reescrever a Constituição Federal, aí é outra coisa”.

Marco Aurélio também declarou que as prisões midiáticas e sem fundamento legal são um desserviço, já que no final o Supremo irá sempre fazer preponderar as garantias do cidadão previstas na Constituição. “O leigo vê isso de uma forma realmente crítica. A polícia não prende e o Judiciário solta. É o Judiciário que prende e solta”, disse o ministro.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Controladoria-Geral da União conclui auditoria especial nas áreas de transportes. Prejuízo ultrapassa os R$680 milhões

Quarta, 8 de setembro de 2011
Da CGU
CGU conclui auditoria especial na área de transportes
A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu hoje e está encaminhando aos órgãos competentes, para as providências nas respectivas áreas de atribuições, relatório contendo os resultados da Auditoria Especial realizada, por determinação da presidenta Dilma Roussef, para apurar denúncias de irregularidades no Dnit e na Valec.

A equipe de auditores designada pelo ministro Jorge Hage no dia 6 de julho último (pela Portaria n 1.322/CGU) analisou 17 processos de licitações e contratos e constatou 66 irregularidades, que apontam prejuízo potencial de R$ 682 milhões, em um total de R$ 5,1 bilhões fiscalizados.

Um resumo das conclusões e recomendações da CGU já está disponível no site da Controladoria (veja aqui). A partir de amanhã (09/09), a íntegra do Relatório da Auditoria também estará publicada no site da CGU.

Os trabalhos de apuração contaram com pleno apoio tanto do ex-ministro Alfredo Nascimento (que também solicitou à CGU a investigação), quanto do atual ministro Paulo Sérgio Passos, que deu orientação expressa aos órgãos do ministério para facilitar o pleno acesso dos auditores a toda a documentação, processos e arquivos necessários.

Casos emblemáticos e diagnóstico do órgão

Tendo em vista a decisão do Governo de fazer um amplo diagnóstico, com vistas a uma completa reformulação e renovação nos órgãos envolvidos – Dnit e Valec – a CGU decidiu não limitar as apurações aos casos denunciados na imprensa e incluir outros fatos, alguns dos quais já se encontravam com investigações em andamento.

Com isso, foram ultimadas e incluídas no relatório as análises de casos considerados emblemáticos e representativos dos principais tipos de problemas que a CGU encontra frequentemente nas auditorias de obras públicas, sobretudo do DNIT.

A partir desse relato, é possível constatar a precariedade dos projetos de engenharia – fato reiteradamente apontado pela CGU – e o modo como essas deficiências contribuem para a geração de superestimativas nos orçamentos de referência da própria Administração, daí para o sobrepreço nos contratos, e como, por fim, podem levar, ao superfaturamento das obras, com prejuízo aos cofres públicos.

Desse modo, foram incluídos, além das denúncias inicialmente mencionadas (BR-280/SC, BR-116/RS, Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL), os fatos relativos às obras de restauração e duplicação do Lote 07 da BR-101 no Estado de Pernambuco/PE; às obras do Contorno de Vitória/ES; às irregularidades constatadas no âmbito do Dnit/ES e do Dnit/RS; à licitação para estruturação de Postos de Pesagem Veicular – PPV; a impropriedades na contratação de empresas terceirizadas pelo Dnit e pela Valec; a impropriedades na execução de obras delegadas; à contratação de empresa para fornecimento de trilhos (Fiol e FNS); e à construção da Ferrovia Norte-Sul.

Cabe lembrar, também, que, além dos casos abordados neste Relatório de Auditoria da Secretaria Federal de Controle Interno da CGU, outras situações irregulares encontram-se em apuração na Corregedoria-Geral da União (outra unidade da CGU), mediante sindicâncias e processos disciplinares, cujos prazos obedecem aos ditames legais e não podem ser abreviados, tendo em vista o direito ao contraditório e à ampla defesa dos acusados. A Corregedoria-Geral, ademais, vai receber também uma cópia do relatório, tanto para subsidiar aqueles processos já em curso, quanto para possível instauração de novos processos e sindicâncias.

Segundo o relatório da auditoria hoje encerrada, além do problema da má qualidade dos projetos, há, no Dnit, um grande número de projetos antigos em estoque, que acabam sendo licitados já defasados em relação ao volume médio diário de tráfego, ao nível de serviço, às localizações de jazidas e às necessidades de desapropriações, o que, inevitavelmente, conduz à necessidade de aditivos contratuais, consequência das necessárias revisões de projeto em fase de obra.

O relatório sustenta que, tanto no Dnit quanto na Valec, “raríssimos são os empreendimentos em que não há acréscimos de custos, muitos dos quais se aproximam do limite legal, algumas vezes até superando-os, tornando sem efeito os descontos obtidos nos processos licitatórios”, que, aliás, em muitos casos, são irrisórios. Para exemplificar, o relatório da Controladoria exibe uma tabela com 13 empreendimentos que receberam aditivos contratuais. Três deles excederam o limite legal (de 25%) e em um dos casos o custo aumentou em 73,7%.

Lago no caminho

Um dos casos analisados que não estavam entre as denúncias da imprensa foi o lote 7 da BR-101- Nordeste (em Pernambuco), obra onde se registrou o maior número de problemas, entre as que integraram a auditoria. Ali se constataram fortes indícios de 14 diferentes tipos de irregularidades, tendo os prejuízos alcançado cerca de R$ 53,8 milhões, decorrentes, principalmente, de deficiências no projeto executivo, serviços de terraplenagem superestimados, superfaturamento, pagamento por serviços não realizados, além de execução de serviços sem cobertura contratual. O valor total da obra, com os aditivos e reajustes decorrentes de prorrogações de prazo foi de R$ 356 milhões.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CGU pede ao Ministério do Esporte explicações sobre convênio com sindicato de associações de futebol

Quarta, 31 de agosto de 2011
Da Agência Brasil

Alex Rodrigues - Repórter
A Controladoria-Geral da União cobrou esclarecimentos do Ministério do Esporte a respeito de um convênio de R$ 6,2 milhões assinado com o Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional (Sindafebol) em dezembro de 2010.

Após ler a denúncia publicada hoje (31) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o ministro Jorge Hage enviou ao ministro Orlando Silva um aviso solicitando esclarecimentos e uma cópia do convênio. Se forem constatadas irregularidades no contrato, a controladoria pode determinar o bloqueio da liberação de recursos ou mesmo a suspensão do convênio.

O convênio nº 750511 foi assinado em 30 de dezembro de 2010 e publicado no Diário Oficial da União do dia seguinte. Assinado pelo secretário executivo da pasta, Waldemar Manoel Silva de Souza, pelo assessor especial de futebol do ministério, Alcino Reis Rocha e pelo presidente do Sindafebol, Mustafá Contursi, estabelece que o sindicato ficará encarregado de criar o cadastro das torcidas organizadas, interligando-o à Rede de Integração Nacional de Informações de Segurança Pública, Justiça e Fiscalização do Ministério da Justiça (a Rede Infoseg).

Segundo o jornal, além de ter escolhido o sindicato sem licitação e com base em documentos que comprovariam a competência técnica da entidade apresentados pelo próprio sindicato, o ministério liberou a verba “em tempo recorde”: a proposta do sindicato para cadastrar 500 mil torcedores foi apresentada em 1º de novembro de 2010 e o dinheiro liberado em 11 de abril de 2011. A publicação também sustenta que o projeto ainda não saiu do papel.

Esta tarde, Contursi negou qualquer irregularidade no convênio e garantiu que nenhum centavo do dinheiro liberado pelo ministério foi gasto até o momento.

sábado, 11 de junho de 2011

IstoÉ: A volta de Bené, o operador

Sábado, 11 de junho de 2011
Da revista IstoÉ
Responsável por montar estrutura de campanha petista em 2010, Benedito de Oliveira ressurge em Brasília e, em menos de seis meses, ganha contratos de mais de R$ 50 milhões com o governo federal
Sérgio Pardellas

O empresário mineiro Benedito de Oliveira, conhecido no PT como Bené, ganhou notoriedade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pela maneira meteórica com que ampliou seus negócios. Com serviços prestados ao governo por suas três empresas, Gráfica Brasil, Dialog e Projects Brasil, Bené conseguiu, em apenas quatro anos (2005-2009), sair de um faturamento de R$ 494 mil para R$ 87,3 milhões. Não apenas em razão de seu tino comercial, porém, ele ocupou no ano passado o centro dos holofotes da capital. Como um dos responsáveis por montar a estrutura da campanha petista, Bené tornou-se personagem da eleição presidencial quando foi flagrado num controvertido episódio. Ele participou da famosa reunião do restaurante Fritz, em Brasília, onde representantes do partido contratavam uma equipe de contrainformação para a batalha eleitoral. Na esteira do escândalo, o empresário viveu dias amargos. Virou alvo do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) e teve de submergir. A saída de cena provocou uma redução de quase 60% no seu faturamento em 2010.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Governo não investiga Palocci, apesar de decreto

Segunda, 30 de maio de 2011
Do Contas Abertas
Walter Guimarães
Nas últimas semanas as notícias políticas se voltam para as suspeitas do aumento patrimonial do ministro Antônio Palocci. Os pedidos de investigação são feitos até mesmo por políticos da base governista, mesmo assim, apenas o Ministério Público apura oficialmente o eventual enriquecimento ilícito do ministro-chefe da Casa Civil.

Em junho de 2005, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o decreto 5.483/2005, que trata justamente dos possíveis enriquecimentos ilícitos e evoluções patrimoniais incompatíveis do funcionalismo público. O artigo 8 afirma que deverá ser instaurada sindicância patrimonial pela autoridade competente ou pela Corregedoria Geral da União (CGU), no caso de se “tomar conhecimento de fundada notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito, inclusive evolução patrimonial incompatível com os recursos e disponibilidades do agente público”.


Como até a última semana o governo não mostrou intenção de abrir tal sindicância, o Contas Abertas protocolou no dia 26 de maio, última quinta-feira, ofício na CGU, questionando a inobservância do artigo 8 do decreto.

OAB sugere afastamento de Palocci até o fim das apurações sobre a evolução do patrimônio do ministro

Segunda, 30 de maio de 2011
Da Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu hoje (30) o imediato afastamento de Antonio Palocci da Casa Civil até que as denúncias sobre a evolução de seu patrimônio sejam apuradas e esclarecidas.

“O pedido de afastamento é algo que soaria muito bem no âmbito da sociedade. É algo que deixaria o governo Dilma muito mais tranquilo”, disse Cavalcante. Ele também criticou a demora na explicação dos fatos. “Obviamente, isso respinga em toda a credibilidade do governo”.

Cavalcante criticou o fato de a Controladoria-Geral da União (CGU) não ter aberto processo de investigação sobre as denúncias de que o patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil aumentou 20 vezes nos últimos quatro anos. Um decreto presidencial de 2005 determina que a autoridade competente deve abrir sindicância ao tomar conhecimento de notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito, inclusive evolução patrimonial incompatível com os recursos e disponibilidades do agente público.

O presidente da OAB acredita que as controladorias são rígidas com funcionários subalternos e mais flexíveis com relação a ministros e secretários de Estado. “Com isso, essas controladorias mostram que têm uma autonomia parcial e limitada”. Ele defende ainda que o próprio governo deveria tomar a atitude de mostrar que um de seus principais ministros tem conduta ilibada e que o fato de haver um certo tipo de blindagem aumenta suspeitas.

“Quando o governo blinda o ministro e diz que não vai investigar, obviamente, que todos nós brasileiros passamos a pensar que tem alguma coisa de podre em tudo isso”. Cavalcante defendeu, ainda, a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) como forma alternativa de apurar os fatos. “Não tenho qualquer dúvida de que a CPI seria algo que poderia ser utilizado”, completou.