Segunda, 14 de junho de 2014

Foto de Marcos Moreno Oliveira
Por Chico Sant’Anna
Inaugurado duas vezes pelo governador Agnelo Queiroz, uma em
02/04/2014, e a outra, acompanhado da presidente Dilma, em 13/06/2014, o
sistema de transporte coletivo Expresso DF (ou BRT) não garante
acessibilidade a seus usuários, além de manter várias paradas fechadas
ao uso dos passageiros. O mais grave se revela agora: pelo menos duas
nascentes d’água foram afetadas pelas obras do sistema.
Os serviços deveriam ter sido entregues em é dezembro de 2013, depois
mudaram a data para junho deste ano. Mas trinta dias após o prazo
limite do segundo adiamento, várias paradas estão fechadas ou
inacabadas. Isso, sem falar que parte do trajeto, que passaria pela
Candangolândia, rumo a Estação Asa Sul do Metrô, só agora deverá ter
suas obras iniciadas.

A
água que corre às margens da EPIA se acumula em
um grande buraco
próximo à linha férrea da extinta
RFFSA. Como o volume é grande, a água
transborda,
levando barro aos trilhos. Fotos de Chico Sant’Anna
A via expressa do BRT se revelou duplamente agressora do
meio-ambiente. Primeiro, com a retirada de várias árvores e espécimes
nativas do cerrado. E agora se descobre a existência de agressão a
nascentes existentes na região do Park Way e do Gama, áreas consideradas
de preservação ambiental (APAs).

Próximo
ao Campus da UnB, no Gama, um verdadeiro riacho brotou da terra,
depois
que as máquinas do BRT fizeram os serviços de terraplanagem no local.
Foto de Marcos Moreno Oliveira.
Nascentes expostas
Pelo menos, em duas localidades ao longo da via expressa do BRT, água
de nascentes estão correndo em valas e canaletas a céu aberto.
No caso do Park Way, uma lagoa de contenção foi construída próxima à
Metropolitana, mas o volume de água é tão grande, que ela transborda,
gerando erosão e levando terra que já encobre os trilhos da linha férrea
que passa no local. Um lamaçal se formou próximo ao conjunto 2, da
Quadra 6.
Leia a íntegra de BRT agride nascentes e não garante acessibilidade a usuários