Terça, 19 de abril de 2016
E o gato não nega a espécie. Vai miar. Que mie forte e de modo tenebroso.
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De acordo com fontes que acompanharam as tratativas, um dos alvos da delação é o senador Renan Calheiros
Fontes: Portal Jota e Blog do Sombra
O ex-senador Gim Argello fechou nesta terça-feira (19/04) termos
para delação premiada. O advogado Marcelo Bessa, que defende o
ex-senador, participou das negociações junto a integrantes da
Força-Tarefa da Lava Jato em Curitiba. ...
De acordo com fontes que acompanharam as tratativas, um dos alvos da
delação é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) presidente do Senado
Federal que, atualmente, conduz o processo de admissibilidade do
impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Argello foi alvo da Operação Vitoria de Pirro, 28ª fase da Lava Jato
deflagrada pela Polícia Federal no último dia 12 de abril. De acordo com
a Polícia Federal, o ex-senador, integrante da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) instaurada no Senado Federal e também da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instaurada no Congresso Nacional,
estava envolvido em tentativa de barrar a convocação de empreiteiros
para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos
travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua
base de sustentação.
De acordo com investigadores que acompanharam tratativas do ex-senador,
um dos alvos da delação será o senador Renan Calheiros, atual
presidente do Senado Federal. O ex-senador Gim Argello também já
apareceu em delação de Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, e Júlio
Camargo, que representava a Toyo Setal.
Atualmente o presidente do Senado é alvo de nove inquéritos no Superior
Tribunal Federal (STF), investigado sob suspeitas de irregularidades em
negociar propina em acordo da Petrobras com a categoria dos práticos
(os profissionais responsáveis por orientar os comandantes de navio a
atracar nos portos), propina de contratos da Transpetro (subsidiária da
Petrobras) e favorecimento à empresa Serveng junto à estatal. Até o
fechamento desta matéria, o JOTA não conseguiu contato com a assessoria
do senador Renan Calheiros.