Sexta, 22 de setembro de 2017
Da Agência EFE / Agência Brasil
O governo de Bangladesh denunciou hoje (22) na
Organização das Nações Unidas (ONU) as "atrocidades" que estão sendo
cometidas no estado de Rakhine, em Mianmar, e pediu "soluções
permanentes" para evitar a "limpeza étnica" contra os rohingyas na
região.
"Atualmente estamos dando refúgio a cerca de 800 mil
pessoas da etnia rohingya que vieram de Mianmar", afirmou a
primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, na Assembleia-Geral da
ONU.
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Segundo
dados da ONU, desde o último dia 25 de agosto, cerca de 425 mil membros
da minoria muçulmana fugiram da violência em Rakhine após um ataque de
um grupo insurgente dos rohingyas contra postos policiais de Mianmar e
da resposta militar do país.
"É um deslocamento forçado de
birmaneses que estão escapando de uma limpeza étnica em seu próprio
país, onde viveram por séculos", afirmou a primeira-ministra de
Bangladesh. Segundo Hasina, os refugiados rohingyas deveriam retornar ao
seu país de origem com "segurança e dignidade".
"Estamos
horrorizados de ver que as autoridades de Mianmar estão colocando minas
ao longo da fronteira para evitar que os rohingyas retornem", denunciou
Hasina.
A primeira-ministra agradeceu os esforços da ONU por
tentar parar essas atrocidades e buscar a estabilidade na região. No
entanto, Hasina propôs várias ações para superar a crise.
Hasina
disse que Mianmar deve parar de forma "incondicional" a violência e a
limpeza étnica na região. E também pediu o envio de uma missão que
examine os fatos ocorridos em Rakhine, sob proteção da ONU, e a garantia
de um retorno permanente para os rohingyas.