Sexta, 22 de setembro de 2017
Elaine Patricia Cruz – da Agência Brasil
Os sete jurados que compõem o conselho de sentença
decidiram hoje (22) condenar os dois policiais militares e um
guarda-civil acusados de participação nas chacinas ocorridas nas cidades
de Osasco e Barueri no dia 13 de agosto de 2017. Na ocasião, 17 pessoas
morreram e sete ficaram feridas.
Os parentes das vítimas choraram durante a leitura da sentença. Já os dos réus reclamaram muito da decisão.
Os parentes das vítimas choraram durante a leitura da sentença. Já os dos réus reclamaram muito da decisão.
O
policial Fabrício Emmanuel Eleutério foi condenado a pena de 255 anos, 2
meses e 7 dias. O também policial Thiago Barbosa Henklain Henklain
recebeu sentença de 247 anos, 7 meses e 10 dias. O guarda-civil Sérgio
Manhanhã foi condenado a 100 anos e 10 dias. As penas somam mais de 600
anos.
Os policiais Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain
eram acusados de terem disparado contra as vítimas e respondiam por
todas as mortes e tentativas de assassinato. Já o guarda-civil Sérgio
Manhanhã, segundo a acusação, teria atuado para desviar viaturas dos
locais onde os crimes ocorreriam e foi denunciado por 11 mortes.
O júri popular foi realizado no Fórum de Osasco e teve início na segunda-feira (18). Durante todos os dias, a sala onde ocorre o julgamento esteve lotada de jornalistas, policiais e parentes dos réus e das vítimas, além de curiosos e membros do Tribunal de Justiça Militar.
O júri popular foi realizado no Fórum de Osasco e teve início na segunda-feira (18). Durante todos os dias, a sala onde ocorre o julgamento esteve lotada de jornalistas, policiais e parentes dos réus e das vítimas, além de curiosos e membros do Tribunal de Justiça Militar.
O caso
Os
17 assassinatos ocorreram em um intervalo de aproximadamente duas
horas, na noite de 13 de agosto de 2015. Eleutério e o policial Thiago
Barbosa Henklain respondem por todas as mortes, enquanto o guarda civil
Sérgio Manhanhã, que teria atuado para desviar viaturas dos locais onde
os crimes ocorreriam, foi denunciado por 11 mortes. Eleutério, Henklain e
Maranhão foram julgados por de organização criminosa e homicídio
qualificado.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério
Público, os assassinatos ocorreram para vingar as mortes do policial
militar Admilson Pereira de Oliveira, que foi baleado ao reagir a
assalto em um posto de gasolina, onde fazia “bico” como segurança, e do
guarda-civil de Barueri Jeferson Luiz Rodrigues da Silva, que foi morto
após reagir a um assalto.