Sábado, 20 de agosto de 2011
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Qual o novo caminho?
As coisas para o lado do governo Agnelo não estão nada boas. Muito pior para o lado dos cidadãos de Brasília. O governo ainda não conseguiu, infelizmente, encontrar como acessar o tal novo caminho. Está marcando passo, quando não dando voltas sobre si ou até mesmo dando "meia volta, volver" no sentido das já podres e carcomidas práticas administrativas. Haja vista as tais renovações de contratos sem licitações, uma postura, no mínimo, prejudicial aos cofres públicos. E também a contratação sem concurso público de um exército de pessoas. Dizem por aí que o número já ultrapassou os 16 mil.
Depois de derrotar o clã Roriz, de tão triste história no DF, mesmo se aliançando com gente com DNA político de Joaquim, Agnelo vê desabar sua aceitação junto aos cidadãos de Brasília, coisa que já é constatada inclusive em pesquisas de opinião.
Um dessas pesquisas já identificou que ele não dispõe de mais nem 27 por cento de aceitação. As alianças feitas à direita e à direita ainda mais direita para vencer as eleições não estão lhe trazendo o prestígio que talvez esperasse. A maioria dos brasilienses já não mais acredita que Agnelo cumprirá suas promessas de campanhas, revela a pesquisa.
Mas ainda há tempo para o governo Agnelo recuperar-se da ineficiência e passar realmente a trilhar um novo caminho. Mas o fato é que para isso terá que mudar muita coisa, muita gente, muitas práticas.
Enquanto isso não acontece...
Impera ainda o caos na área da saúde, aquela área para a qual ele prometeu (e não cumpriu) que seria o secretário, por considerá-la tão importante. Equipamentos quebrados, instrumentos inexistentes, medicamentos em falta, carência de pessoal médico —mesmo existindo interesse de muitos servidores em aumentar a carga horária de 20 para 40 horas semanais—, macas em número insuficientes, são alguns dos problemas que atingem em cheio a dignidade daqueles que necessitam um atendimento no sistema público de saúde.
Na educação a situação é a mesma. Houve até a escandalosa desconvocação dos 1.500 professores concursados. Em atabalhoada ação administrativa houve a chamada dos professores e logo depois a sua desconvocação. Parece brincadeira, mas não foi. Desconvocaram os concursados e contrataram os “temporários”. Seria um novo tipo de Administração? Administração "temporão"?
A situação está crítica nas escolas. Falta da merenda ao gás (mas para que gás, se não há o que cozinhar?), do papel higiênico ao material didático, do professor à segurança dentro da escola. A contratação temporária é a única coisa que está funcionando, segundo denúncias de servidores da própria Secretaria de Educação. E quando só a contratação é que vai a mil (ou aos seis mil?) é prova de que a educação vai mal, muito mal. E que o governo se perdeu pelo meio do caminho que, certamente, não é aquele novo que Agnelo prometeu.