Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um novo caminho para multiplicar secretarias

Terça, 9 de agosto de 2011
Sobrou na Câmara dos Deputados com o retorno do deputado Pitima? Não tem problema, o agasalhamos na estrutura do governo, criamos uma nova secretaria de Estado. Essa é a postura do governo Agnelo.

Quando o deputado federal Pitima (PMDB) deixou a Secretaria de Obras do GDF retomou à Câmara dos Deputados. Seu suplente, Ricardo Quirino (PR), ficou sem emprego. Foi salvo pela criatividade do governo Agnelo. E haja criatividade, como sabe criar secretarias de estado. Pegou o governo com pouco mais de vinte e já ultrapassou as 32.

A secretaria sob medida para Quirino foi criada ontem (8/8). É a Secretaria do Idoso. O suplente queria alguma coisa na área do atendimento social. Nada melhor, para o ocupante do cargo de secretário, do que a do Idoso.

Já que ia assinar a criação de uma secretaria, por que não logo duas? Assim foi criada também a da Igualdade Racial, que será ocupada por Josefina Serra dos Santos, que até o momento era a coordenadora para Assuntos de Igualdade Racial do DF, coordenadoria subordinada à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania.

Para quem acha que mais de 32 secretarias não é um absurdo para o Distrito Federal, que possui aproximadamente dois milhões de habitantes, vai aí alguns dados.

Minas Gerais com o enorme território que possui e mais de 19 milhões de pessoas, tem apenas 22 secretarias de Estado, incluída aí uma tal Secretaria de Estado Extraordinário da Copa do Mundo. São Paulo, com seus 40 milhões de habitante, conta também com 22 secretarias. O Rio Grande do Sul, com 24 secretarias. O Estado da Bahia possui 20.

O DF, com a população em torno de apenas dois milhões, cresceu de 22 secretarias em dezembro de 2010, para mais de 33 a partir de ontem. É muito cacique para pouco índio.