Domingo, 19 de fevereiro de 2012
Deu em "O Estado de S. Paulo"
Auditor nomeado vice-chefe do órgão levantou dados
que comprovam impossibilidade de atingir eficiência na área de
Transportes e confessa: 'O Dnit não tem condições de tocar o PAC. Como
ter controle num órgão que gere R$ 15 bi e tem 7 auditores?'
Fábio Fabrini
Nomeado vice-chefe do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit) após a "faxina" promovida pela
presidente Dilma Rousseff, o auditor da Controladoria-Geral da União
(CGU) Tarcísio Gomes de Freitas se diz à frente de uma autarquia falida,
sem condições de executar suas principais funções. Espécie de
interventor do órgão, no cargo há pouco mais de cinco meses, ele
desabafa: "O Dnit não tem condições de tocar o PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento). O que fazem com ele é uma covardia".
Como diretor executivo do Dnit, o auditor concluiu em dezembro estudo
que evidencia a impossibilidade de atingir as pretensões de eficiência
do programa na área de Transportes. Fora a cultura de corrupção, que
remonta ao extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER),
as deficiências estruturais empacam obras e favorecem desvios. Falta
quem fiscalize a execução de contratos ou pague, com a devida
celeridade, pelas medições de serviços prestados por empreiteiras. Leia a íntegra