Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A morte e a morte de Mané Garrincha. O governo de Agnelo de quatro para a máfia da Fifa

Sexta, 5 de abril de 2013
Melhor jogador de futebol do mundo para muitas pessoas, inclusive para mim, Mané Garrincha, o Gênio das Pernas Tortas, está morrendo mais uma vez, isso depois de 30 anos após sua primeira morte, a física, em 20 de janeiro de 1983. Essa sua segunda morte é de morte matada.

A Fifa, de quem já se provou que tipo de organização é, onde a corrupção grassa, segundo noticiário e investigações policiais mil, e constitui-se numa autêntica máfia, comprando mundo a fora dirigentes de federações de futebol, presidentes e ministros de países, proibiu (PROIBIU, isso mesmo) que durante a Copa das Confederações e a Copa de 2014 haja em propaganda e divulgação dos eventos a referência a Mané Garrincha. Completo absurdo!

O Estado brasileiro, o Governo do Distrito Federal, ficam proibidos pela Fifa de usar qualquer referência a “Mané Garrincha” em peças de divulgação daqueles eventos. Pode um governo se submeter a isso? Especialmente um governo que tem à frente um ex-comunista? Em Brasília, pode! No Brasil, pode! Na Bahia a Fifa impôs que nem dentro e também nos dois quilômetros de raio em torno da Fonte Nova (que o governo baiano negociou chamar de Itaipava - Arena Fonte Nova) o soteropolitano ou turista poderá comer um saboroso acarajé. Fica proibida a venda.

Dá pra sentir a firmeza ideológica dos dois governadores petistas? Quanto aos demais governadores nos estados em que também haverá jogos dos tais campeonatos, nem sequer dava para ter expectativas de se contraporem às ordens da Fifa.

Agnelo Queiroz, o governador de Brasília, já havia vetado no ano passado projeto de lei que determinava que o estádio continuaria se chamando “Mané Garrincha”. A Câmara Legislativa do DF, num dos raros lampejos de bom senso, derrubou o veto.

Agora, na semana que passou, Agnelo mandou um projeto de lei para a Câmara Legislativa que abre a possibilidade de troca de nome. Melhor, autoriza a segunda morte de Mané Garrincha. Se a Fonte Nova, em Salvador, agora será Itaipava Arena Fonte Nova (venderam o nome por R$100 milhões), o projeto do governador candango abre também a possibilidade do estádio de Brasília levar o nome de algum patrocinador.

Possivelmente de empresa fabricante de bebidas. Ou de hambúrger. Ou ainda de refrigerante, já que que há o mascote tatu-cola (tatu-bola). Taí, Mané Garrincha não pode, mas fábrica de bebida pode. E ainda dizem que é esporte.

E a população de Brasília, não vai reagir?