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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Aplicação de recursos públicos federais em arenas para Copa permanece na pauta do MPF

Sexta, 21 de junho de 2013
Grupo de Trabalho da 5ª Câmara do MPF dará continuidade às prioridades definidas para a atuação do Ministério Público, com a participação do TCU e da CGU
 
Além de uma economia de pelo menos R$ 600 milhões já garantida pelos órgãos de controle (Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União) em atuação conjunta com o Ministério Público Federal, na aplicação de verbas públicas para a Copa do Mundo, o Grupo de Trabalho da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF pretende dar continuidade às fiscalizações da execução, prestação de contas e a identificação de convênios já firmados com estados e municípios. De acordo com o GT Copa é primordial a correção de falhas a tempo. Há atualmente em curso no MPF 158 procedimentos de acompanhamento de aplicação de recursos públicos nos preparativos para o evento esportivo.
 
O Grupo de Trabalho Copa do Mundo foi criado em 2009, no âmbito da 5ª Câmara, que trata de questões relativas à defesa do patrimônio público e social. A importância do evento no cenário internacional é reconhecida pelo GT, que viu como escopo para a criação do grupo a fiscalização da aplicação dos recursos públicos federais na preparação do país para a Copa do Mundo de 2014, visto que em 2007 foram constatadas irregularidades e desvios de verbas públicas constatadas durante a realização dos Jogos Pan-Americanos, ocorridos no Rio de Janeiro.
 
O GT não é contra a realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil, porém se preocupa em prevenir a prática de irregularidades constatadas quando da realização do Pan Americano. Em alegações a respeito de parcerias público-privadas firmadas para a Copa do Mundo 2014, membros do GT também esclareceram ser primordial atuar de forma preventiva para a “correção de falhas a tempo”, como a eventual distribuição equivocada de riscos entre o poder público e o parceiro privado. Para o coordenador do GT, Athayde Ribeiro, no âmbito das PPPs, a atuação preventiva permitirá a análise da correção dos estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e a definição objetiva dos índices de desempenho do parceiro privado.
 
A atuação do MPF também tem sido realizada pela 4ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de matéria ambiental e acompanha questões relativas ao licenciamento dos empreendimentos, e Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, que tem atuado no sentido de garantir o atendimento aos requisitos de acessibilidade e também na defesa do direito à moradia por parte de famílias afetadas pelas obras.
 
Para realizar o trabalho, os procuradores da República se valeram de vários instrumentos de atuação extrajudicial, como termos de ajustamento de conduta e recomendações. Realizaram também uma série de reuniões com órgãos públicos - como Ministérios do Esporte, da Justiça, do Turismo, do Transporte, entre outros - Caixa Econômica Federal, BNDES, governos dos Estados, entre outros. Participaram, ainda, de cursos, seminários e eventos para debater o tema relativo à sua atuação.

Fonte: MPF