Sexta, 21 de setembro de 2013
Contratado pelo banco gravou conversa e fugiu ao ser reconhecido
O desrespeito dos bancos ao direito de greve dos bancários virou caso de
polícia. Nesta sexta-feira (20), dirigentes do Sindicato dos Bancários
de São Paulo estavam ao lado de trabalhadores em greve, em frente à
agência do Santander na Avenida Rio Branco, no centro da capital
paulista, quando um homem, que se identificou como bancário, exigiu
entrar na unidade.
Enquanto os dirigentes sindicais conversavam com o suposto bancário,
perceberam que estavam sendo gravados e desconfiaram da postura de quem
era, na verdade, um advogado contratado pelo banco espanhol. O objetivo
era gravar para, provavelmente, forjar uma liminar, como se os diretores
do Sindicato estivessem proibindo a entrada dos trabalhadores.
Os sindicalista pediram que a gravação feita indevidamente e de forma
manipulada fosse apagada, mas o advogado se recusou. A confusão foi
presenciada por um policial à paisana que acabou acionando outros PMs.
Tanto o advogado quanto os dirigentes do Sindicato foram levados à
delegacia, para prestar esclarecimentos. "Nada disso teria acontecido se
os bancos respeitassem o direito de mobilização dos bancários", afirma o
secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo.
As comissões de esclarecimento são inclusive previstas pela Lei de Greve
(lei 7.783/89), que em seu artigo sexto assegura ao grevista utilizar
"meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a
aderirem".
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo