Sábado, 7 de setembro de 2013
Luciano Nascimento, repórter da Agência Brasil
Os manifestantes, por sua vez, se dividiram em grupos para tentar
burlar o esquema de segurança. Ocorreram confrontos nas proximidades de
dois shoppings centers e na rodoviária da cidade, na região
central do Plano Piloto. Pelo menos 30 pessoas foram detidas pelos
policiais. Jornalistas também foram atingidos durante os confrontos no
centro da capital.
No Setor Hoteleiro Sul, nas proximidades do Hotel Planalto Bittar,
policiais da Tropa de Choque agrediram as pessoas que passavam pelo
local. Após a reclamação de um manifestante contra a postura adotada, um
policial disparou uma bomba de gás lacrimogêneo contra a cabeça dele. O
repórter da Agência Brasil, Luciano Nascimento, foi apurar o ocorrido e, mesmo se identificando, foi agredido por três policiais com spray de pimenta e empurrões.
"Eles não conversaram em nenhum momento, chegaram disparando bomba e spray de pimenta. Eram muitos”, disse a estudante Leticia Hellen, que presenciou o ocorrido.
Os
manifestantes protestavam contra a falta de transparência e os gastos
excessivos com as obras da Copa do Mundo. "Algumas pessoas falam que as
obras vão ficar para a população, mas, os mais de R$ 2 bilhões gastos no
estádio não serviram para a população pobre da periferia, que sofre com
a falta de escolas e de saúde”, disse o integrante do movimento Levante
Popular, Francis Rocha.
O integrante do Movimento Copa para Quem?, Vinícios Lobão, destacou
que para as obras preparatórias nas cidades sedes da Copa do Mundo,
ocorreram “mais de 250 mil remoções e as pessoas que foram removidas não
estão sendo realocadas em lugares adequados".
Quando a manifestação chegou nas proximidades do estádio, a polícia
começou a atirar balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e de
efeito moral contra os manifestantes. Houve correria. Um grupo se
dirigiu para o Setor Hoteleiro Sul e outra parte foi em direção a
rodoviária