Terça, 24 de setembro de 2013
Ivan Richard, repórter da Agência Brasil
O PSOL protocolou hoje (24) representação contra o deputado
Jair Bolsonaro (PP-RJ), por quebra de decoro parlamentar, por ter
agredido fisicamente o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ontem (23),
no Rio de Janeiro, durante visita das subcomissões da Verdade do Senado
e da Câmara e da Comissão Estadual da Verdade fluminense à sede do
antigo DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações-Centro de
Defesa Interna). O local, atualmente, é sede do 1º Batalhão de Polícia
do Exército. Bolsonaro nega a agressão.
Como a representação foi feita por um partido político, será
analisada diretamente pelo Conselho de Ética, após ser numerada pela
Mesa Diretora da Câmara. Caberá ao presidente do conselho, deputado
Ricardo Izar (PSD-SP), instaurar processo de investigação que poderá ser
arquivado ou resultar em punições que vão da advertência à cassação do
mandato.
Depois de numerado pela Mesa, o presidente do Conselho de Ética irá
sortear três relatores, dos quais será escolhido um para elaborar
parecer preliminar a ser votado pelo conselho.
Ontem (23), a primeira visita das subcomissões da Verdade do Senado e
da Câmara e da Comissão Estadual da Verdade fluminense à sede do antigo
DOI-Codi foi tumultuada pela presença de Bolsonaro, que não faz parte
de nenhum dos três grupos.
A confusão começou quando Bolsonaro forçou a passagem, no portão do
quartel, e chegou a dar um soco na barriga do senador Randolfe Rodrigues
que tentava impedir a entrada do deputado federal. O parlamentar
fluminense nega ter ter agredido o senador. Segundo ele, houve apenas
troca de empurrões e agressões verbais.
Durante o tumulto, representantes de movimentos como Tortura Nunca
Mais e Levante Popular da Juventude exigiam, aos gritos, a saída de
Bolsonaro, que conseguiu entrar.