Sábado, 14 de junho de 2014
PSDB
Flávia Albuquerque e Bruno Bocchini
Repórteres da Agência Brasil
Em convenção
nacional, o PSDB oficializou hoje (14) a candidatura do senador e presidente do
partido, Aécio Neves (MG), à Presidência da República nas eleições de outubro.
Dos 451 delegados votantes, 447 aprovaram a candidatura de Aécio, três votaram
em branco e um nulo. A legenda não definiu o nome do candidato à
Vice-Presidência.
Em discurso de 20
minutos, Aécio disse que pretende promover o “reencontro do Brasil”, fez
críticas ao atual governo e elogiou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso.
“A minha responsabilidade, se já era grande,
hoje é ainda maior. Se coube a JK [Juscelino Kubitschek], há 60 anos, permitir
o reencontro do Brasil com desenvolvimento, coube a Tancredo [Neves], 30 anos
depois, fazer o país se reencontrar com a democracia. Outros 30 anos se
passaram, agora vamos conduzir o país à decência.”, disse.
Para Aécio, o
controle da inflação está sendo perdido, além de mencionar as denúncias de
irregularidades envolvendo a Petrobras. “No lugar de um novo e prometido salto,
perdemos o rumo. Inflação está de volta atrasando a agenda nacional. O Brasil
não aceita mais o Estado cooptado e aparelhado. Quer o fim dos escândalos em
série e corrupção endêmica. Por todo território nacional, vemos um enorme
cemitério de obras inacabadas”, disse.
O ex-governador de
São Paulo e ex-ministro da Saúde, José Serra, disse que a candidatura de
Aécio representa as mudanças que o Brasil deseja. “Nós acreditamos em
valores que constroem e precisamos saber conviver com as diferenças. O PSDB não
nasceu para destruir e sim para servir ao país. Os brasileiros querem mais
verdade, tolerância, competência e não mais frustrações”, disse Serra, que foi
o candidato do PSDB nas eleições presidenciais de 2010.
Na avaliação do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o momento é de ouvir a voz do povo. “É
preciso ouvir a voz das ruas que clamam por mudança e que cansaram de
corrupção, mentira e distanciamento do povo. Aécio sabe ouvir a população, sabe
atrair as pessoas, porque sentem confiança nele. Nós precisamos ganhar a
confiança do povo que quer um futuro diferente”.
O senador Aloysio
Nunes Ferreira (PSDB) ressaltou que os brasileiros pedem mudanças, criticou a
gestão de Dilma Rousseff e disse que o cenário eleitoral é diferente do da
última campanha em 2010. “Não nos conformamos com a volta da inflação e os
brasileiros estão chocados com as notícias de corrupção”, disse.
Estiveram presentes na convenção os governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e
Beto Richa (Paraná).
Nascido em 10 de
março de 1960, em Belo Horizonte, Aécio Neves é economista pela Pontifícia
Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais. É filho de Inês Maria e do
ex-deputado federal Aécio Ferreira da Cunha e neto do ex-presidente da
República Tancredo Neves e do deputado federal Tristão da Cunha.
Foi eleito senador
da República por Minas Gerais em 2010. Governou o estado por dois mandatos
(2003 a 2010) e foi deputado federal por 16 anos, tendo presidido a Câmara dos
Deputados. Aécio Neves foi eleito presidente nacional do PSDB em de maio de
2013.
PSC
Flávia
Albuquerque — Repórter da Agência Brasil
O Partido Social
Cristão (PSC) homologou hoje (14), durante convenção nacional, o nome do pastor
Everaldo como candidato à Presidência da República. A convenção foi feita na
Assembleia Legislativa de São Paulo, na capital paulista, com a presença de 60
delegados, dos quais todos votaram no Pastor Everaldo.
O Pastor disse que
“74% da população querem mudanças e nossa candidatura corresponde
verdadeiramente a estas mudanças. A população quer mudanças no modelo de gestão
para transformar o Brasil e inverter a política praticada pelo atual governo,
que ao invés de servir ao povo se serve dele”.
Durante discurso
fez críticas à atual política econômica e tributária e disse que para promover
mudanças no país é preciso a existência de um Estado mínimo. Ele criticou a
existência de tantos ministérios (39). “São 30 mil cargos comissionados que
geram burocracia e a burocracia é irmã da corrupção”, observou.
Everaldo Dias
Pereira é pastor da Igreja Assembléia de Deus e Vice-presidente Nacional
do PSC, pai de três filhos. É atuário, formado pela Faculdade de Economia e
Finanças do estado do Rio de Janeiro.
O nome do candidato
à Vice-presidencia não foi anunciado e deve ser confirmado no dia 31 de junho.
PSTU
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Em convenção nacional, o PSTU lançou hoje (14)
oficialmente a candidatura de José Maria de Almeida, o Zé Maria, à Presidência
da República. A legenda escolheu ainda a professora e assistente social Cláudia
Durans para a candidatura de vice-presidente.
“Queremos mudança. É preciso que o Brasil tenha um governo
que tenha coragem de romper com banqueiros e as grandes empresas. Para fazer
com que a riqueza e os recursos que o nosso país têm possam garantir saúde,
educação, moradia, transporte coletivo, reforma agrária e aposentadoria, ou
seja, vida digna para o povo brasileiro”, disse Zé Maria. A convenção ocorreu
no auditório do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de
São Paulo, na zona Norte da cidade.
O candidato criticou a atual gestão da presidenta Dilma
Rousseff e disse que o país segue sendo governado com base nos interesses das
grandes empresas. Segundo ele, o PSTU usará a força dos trabalhadores e dos
jovens para fazer mudanças.
“Os trabalhadores, trabalhadoras e os jovens estão conosco
nas ruas lutando para mudar o Brasil. Desde junho do ano passado, nós tivemos
centenas de milhares de trabalhadores e jovens nas ruas protestando contra o
sucateamento do serviço público, a degradação das condições de vida das
pessoas. O PSTU vai levar para a campanha eleitoral uma expressão dessas
exigências de junho, de mudança no país de forma que nosso povo possa ter uma vida
digna”, destacou.
Apesar de não acreditar na legitimidade das eleições, já
que, segundo ele, "as eleições nada mudam, pois são controladas pelas
grandes empresas e multinacionais que financiam as candidaturas" dos
maiores partidos, Zé Maria defendeu a importância de sua candidatura.
"Estamos vendo uma importante onda de greves e lutas, e as nossas
reivindicações não vão vir por candidaturas e alternativas como o PSDB ou esse
governo. Cada voto que conseguirmos arrancar do PT, do PSDB ou do PSB
será um passo para o fortalecimento de um projeto e uma alternativa
socialista".
Zé Maria tem sua história ligada à consolidação do
sindicalismo no setor metalúrgico. Em 1982, concorreu a deputado estadual por
São Paulo. Em seguida, deputado federal (1994) em Minas Gerais, e para
presidente da República em 1998, 2002 e 2010.
PV
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
O Partido Verde (PV) definiu hoje (14) o médico e ex-deputado federal
Eduardo Jorge como candidato da legenda na eleição para presidente da
República, em outubro. A atual vice-prefeita da Bahia, Célia Sacramento,
também do PV, complementa a chapa como vice.
Segundo Eduardo
Jorge, que também foi secretário municipal de Saúde e de Meio Ambiente
de São Paulo, além de deputado estadual, o PV quer se colocar como opção
alternativa na disputa.
“O PV é um partido do século 21. Os três
partidos grandes [PT, PSDB e PSB] ainda estão no século 20. Eles
continuam ligados naquele velho sistema capitalista e socialista, em que
a questão do meio ambiente é considerada uma coisa secundária, quando
não desprezível”, disse Jorge. O partido terá cerca de um minuto de
tempo na televisão.
Para ele, o atual momento do país e a
“fragilidade das instituições” poderão ser diferenciais na campanha
eleitoral. “A população está muito irritada e descontente com os atuais
representantes e os partidos políticos. Querem lições novas, avançadas,
de vanguarda, renovadoras, essenciais para a defesa nos nossos países do
planeta e acho que vamos ter um trânsito grande nesse debate, nessa
conversa com os cidadãos a partir de julho”.
Como principais
pontos do programa de governo, Eduardo Jorge disse que o partido propõe o
debate acerca da reforma política – com adoção do parlamentarismo, o
sistema de voto distrital misto e facultativo –, implantação de
políticas de desenvolvimento sustentável focadas na expansão da energia
eólica e mudanças na condução da economia.
“Não podemos ficar
como hoje, com o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] e uma
posição economicista, como uma verdadeira religião. Queremos que o
critério da evolução econômica seja mais diversificado. Com a defesa do
crescimento, mas qualificado, não um crescimento com bens e incentivo ao
setor automobilístico. Um crescimento com produtos limpos”, disse
Jorge.
“A candidatura do Eduardo Jorge e da Célia vai preencher o
vazio nessa campanha. Abordamos temas que os outros candidatos têm medo
de abordar, porque não têm coragem, porque acham que tira voto ou que
não são do ideário dos seus partidos”, disse o líder do PV na Câmara,
deputado Sarney Filho (MA).
Baiano, radicado em São Paulo, e pais
de seis filhos, Eduardo Jorge participou da fundação do PT, partido que
se desfiliou em 2003 para entrar no PV.