Que
falta nesta cidade?… Verdade.
Que
mais por sua desonra?… Honra.
Falta
mais que se lhe ponha?… Vergonha.
O
demo a viver se exponha,
Por
mais que a fama a exalta,
Numa
cidade onde falta
Verdade,
honra, vergonha.
Quem
a pôs neste rocrócio?… Negócio.
Quem
causa tal perdição?… Ambição.
E
no meio desta loucura?… Usura.
(Gregório
de Matos)
Acho que, no mínimo,
Dom Bosco se confundiu nas suas profecias sobre o surgimento aqui no Planalto
Central do Brasil de uma “terra prometida, onde jorrará leite e mel”. Por
enquanto, especialmente nos últimos tempos, o que tem jorrado é sujeira, lama
fedorenta, esgoto podre, políticos safados. Muito político safado. A maior
concentração desse tipo de político por metro quadrado do Brasil
Ou Dom Bosco errou,
ou o Satanás entrou no meio da história e subverteu o caminho da Brasília das
visões do santo italiano. Não é possível que, sendo Santo, errasse tanto.
Alguma força maligna obrou (isso mesmo) em sentido contrário às profecias.
Jorrar por enquanto
por essas bandas de meu Deus, só a corrupção, o mau-caratismo de governantes e
políticos, a falta de seriedade de gestores públicos. Se apropriam do leite e
do mel que o santo se referiu e que deveriam servir de alimento e conforto para
a população de um modo geral.
Manipulam as
consciências dos eleitores com ‘sermões’ e o uso de bilhões de reais em
propaganda, como o Capiroto manipula a alma dos inocentes com o uso de suas
diversas formas de apresentação. Aliás, dizem, ninguém mais do que “o Pé de Bode”
exerce um marketing tão eficaz, tão envolvente, para convencer almas a se
comprometerem com seus interesses diabólicos.
São políticos que se dizem católicos,
usam a cruz do Cristo, mas se enterram em trambicagens mil, caindo, melhor,
permanecendo, em eterno pecado. Outros se dizem evangélicos, mas negam os
princípios defendidos pelo Filho do Homem, e compram agentes públicos (ou se
vendem, sendo vendilhões da própria alma e da alma do povo), sempre atendendo à
usura e ao cada vez mais enriquecer. Verdade que de quando em vez um passa
alguns dias na cadeia. Não na cadeia dos pobres, mas em celas só para eles e
com a assistência de um batalhão de famosos advogados. As celas para as quais
são levados uma vez na vida e outra na morte sequer se constituem em
purgatório, vez que são incapazes de purgar tanto pecado, tanta maldade, tanta
estupidez. Será que terão advogados famosos quando estiverem prestando contas à
Deus? Não acredito. E nem o Homem se deixará enganar, pois a tudo vê e tudo
sabe.
E o Inferno deverá
receber novos e ‘nobres’ moradores. Mas enquanto isso não acontece, o povo vive
aqui na terra de Dom Bosco o seu próprio inferno. Inferno nos hospitais,
inferno nas escolas, inferno no transporte, inferno na segurança, inferno na
política local e nacional. É o Inferno!