Segunda, 7 de
julho de 2014
Pânico
entre ex-presidentes
A prisão de Sarkozy
não surpreendeu apenas a França. Assustou muita gente em outros países, incluindo
o Brasil. Sarkozy começava campanha para voltar à presidência em 2017. As
suspeitas e acusações não são de hoje.
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Da Tribuna da
Imprensa
Helio Fernandes
Estão festejando o
Plano Real, e atribuindo tudo a FHC. Ora, o presidente era Itamar Franco, que
assumira com o impeachment de Collor. FHC seria candidato, tomaria posse em
1995. Ele mesmo não acreditava na vitória, tanto que reduziu o mandato de 5
para 4 anos.
Eleito para surpresa
dele mesmo, continuou o que já estava em gestação. Levaram 4 anos e não saíram
do lugar. Estagnaram, apesar de alguns economistas competentes. (Não todos,
lógico).
Tiveram
que recorrer ao genial Chico Lopes
No primeiro momento,
não quiseram chamá-lo, quem estava no Poder era Itamar. De 1995, posse de FHC
até 1998, fim do mandato de FHC, o fracasso era mais do que visível, mas não
podiam confessar o fato. Daí surgiu a ideia da reeleição. Compraram o mandato,
pago por um ministro.
Garantida a
reeleição, tinham tempo, mais quatro anos, mas se convenceram de que o
obstáculo que enfrentavam, era insuperável. Reuniões e mais reuniões, até que
cederam e decidiram: “Temos que chamar o Chico Lopes”. (Ex-presidente do Banco
Central, filho de Lucas Lopes, Ministro da Fazenda de Juscelino).
Gênio
generoso
Telefonaram para ele,
sabia que estavam trabalhando nesse Plano Real, mas nunca haviam falado com ele
sobre o assunto. Pediram uma reunião, explicaram: “Avançamos nos últimos anos,
mas agora não saímos do lugar, precisamos de você”.
A
reunião salvadora
Marcaram, começou às
9 da manhã, por volta das 7 da noite, ninguém se movera, nem almoço nem coisa
alguma. Assombrados, assistiram Chico Lopes rabiscar todo o quadro negro,
encontrar a solução, que ratificaram, perplexos.
Itamar,
senador, protestava sempre que atribuíam a FHC
Pelo menos três
vezes, Itamar protestou com o presidente Sarney presidindo a Casa, quando algum
senador mal informado, citava FHC como autor do Plano Real. Sarney sempre
respondia: “Presidente, o país todo sabe que o Plano Real surgiu no seu
governo”.
Pânico
entre ex-presidentes
A prisão de Sarkozy
não surpreendeu apenas a França. Assustou muita gente em outros países, incluindo
o Brasil. Sarkozy começava campanha para voltar à presidência em 2017. As
suspeitas e acusações não são de hoje.
Lula
e FHC
Os dois são
suspeitíssimos. Em relação ao petista, escrevi muito, ele deveria ter sido
acusado e julgado na questão do mensalão. Foi acusado de forma “suicida” pelo
Deputado Roberto Jefferson. Que num discurso que empolgou o Brasil, disse “Lula
sabia de tudo, eu mesmo contei a ele”.
FHC
e a “desestatização”
Com ele no Poder,
mostrei no jornal impresso, a Tribuna da Imprensa inesquecível, a “doação”
miserável feita por FHC. Que entregou grandes empresas estatais, “recebendo nas
famosas moedas podres”.
Como o nome diz, não
valiam nada. Corrupção não prescreve. Nem para Lula nem para FHC, isso é
rigorosamente verdadeiro, na França de Sarkozy. Pelo menos ele não volta à
presidência, pode perder até a liberdade.
Garotinho
se fortalece com um vice guerreiro
Já disse aqui que no
Estado do Rio a política virou politicalha. Está valendo tudo. A desabalada
trajetória para o Aezão, liberou todos os acordos, por mais espúrios ou
inacreditáveis que sejam. O ex-governador Garotinho líder nas pesquisas,
continua criticando Dona Dilma se aliou a ela.
Um
vice que soma
Ex-governador que não
quis a reeleição para disputar a presidência da República e obter 15 milhões de
votos, escolheu seu vice, Marcio Garcia. O Globo deu em manchete: “Vice de
Garotinho chegou a ser preso, comandou rebelião de bombeiros”. Foi um equívoco
jornalístico.
A rebelião era por
melhores salários, nada desabonador. Major, formado em direito, vereador. Foi
sempre contra serginho cabralzinho filhinho. Não o conheço, nunca falei com
ele, mas já que a palavra mudança é tão pronunciada, vale para Marcio Garcia
Luciana
Genro: uma pena que não tenha legenda
Quando o PSoL decidiu
trocar o senador do Amapá pela ex-deputada que antes dos 40 anos resolveu não
ficar exercendo mandatos que não adiantavam nada, mostrei aqui minha
satisfação. Luciana é o que se chama rigorosamente de mudança.
Sem legenda forte,
sem tempo de televisão, sem financiador, vai usando o pouco espaço de que
dispõe, para exibir credibilidade, autenticidade, legitimidade. (Pode usar este
blog).
Revelando
“coincidências”
Escreveu na Folha,
artigo magistral. Se tivesse recursos, poderia imprimir e distribuí-lo aos
milhões. Basta esta constatação feita por ela: “Não é nada normal que as
empreiteiras que SUPERFATURARAM as obras da Copa sejam as mesmas que financiam
PT, PMDB, PSDB, PSB”.
PS
– Hoje segunda não
haverá jogo. Esta Copa está tão emocionante que se criou o que foi chamado, e
está sendo repetido, de “abstinência da Copa”. Isso define os dias sem Copa.
PS1 – Na terça e quarta, dois grandes
jogos: as semifinais. Serão definidos os que disputarão a finalíssima, no
domingo. Sexta feira novamente sem jogo.
PS2 – E no sábado a disputa pelo terceiro
e quarto lugar, “honra e glória” que se ganha ou perde a contragosto e com
constrangimento.
PS3
– Não me esqueço de
1974 em Munique, na Alemanha. Jogamos por esses lugares “inferiores” contra a
Polônia. E perdemos. Com gol do G