Quarta,
13 de agosto de 20014
Da
Tribuna da Imprensa
Por
Daniel Mazola
Vivemos claramente uma
falsa democracia, ditadura do capital, tá mais para estado fascista e de
exceção, onde governos autoritários eleitos pelo voto direto e obrigatório,
aliados de uma elite cínica e inescrupulosa, debocham e usurpam o povo. Onde
“policiais” podem bater, prender e matar, com a certeza de que seus agentes
assassinos e torturadores ficarão impunes.
Um país onde as leis
protegem bandidos do colarinho branco, um estado corporativo e corrupto. Onde
na prática, não é garantido o direito básico a liberdade de
expressão e direitos humanos, apesar de ser texto constitucional. Onde os
políticos, na maioria, se elegem apenas para garantir privilégios perpétuos, e
para favorecer grupos e empresas que financiaram suas campanhas. Onde a mídia
de mercado se limita a manipular os fatos e a opinião pública, (jogando o povo
contra o próprio povo) defendendo apenas seus interesses, e os interesses dos
grupos capitalistas que as sustentam.
Precisamos limpar essa
sujeira de décadas de ditadura do pensamento único, de opressão, mentiras e
manipulações. É um trabalho árduo, porém necessário e fundamental, existem
grupos e pessoas muito poderosas que preferem deixar a sujeira onde está.
Milhões de pessoas se conformam apenas com a ilusão de sombras projetadas na
parede, e outros milhões que ignoram a verdade porque simplesmente o acesso a
outros meios de informação lhes é negado.
Metade da população
brasileira sequer tem acesso à Internet, espaço que reúne a maior concentração
de mídias independentes e canais de informação alternativos, por isso não
existe interesse político em tornar a Internet acessível à todos. É por essa
esmagadora maioria de escravizados pela mídia hegemônica que precisamos lutar
por uma nova regulamentação e democratização dos meios de comunicação no
Brasil. A "mãe" de todas as lutas sociais!
"O tempo dos
barões da comunicação precisa acabar", rever esse modelo cruel e
prejudicial ao conjunto da sociedade, é urgente e de suma importância. Assim
como fazem, ou já fizeram, nossos vizinhos: argentinos, venezuelanos,
equatorianos, chilenos e uruguaios, precisamos acabar com o feudo da
comunicação de massa. Informação livre, plural e diversa é um direito humano
fundamental, e necessário para construirmos a real democracia que tanto sonhamos
e desejamos. Uma nação para todos, de verdade, e não uma peça de marketing
político.
PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA
Partido da Imprensa Golpista
(comumente abreviado para PIG) é uma expressão usada para se referir a órgãos
de imprensa e jornalistas considerados tendenciosos, vendidos, manipuladores,
que se utilizam do que chamam "grande" mídia como meio de propagar
suas ideias (e dos patrões) e tentar desestabilizar grupos e organizações de
orientação política contrária, ou movimentos sociais que ameaçam o poder de
grupos capitalistas ou partidos políticos sob controle do capital.
A expressão foi popularizada
pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada. Amorim,
quando utiliza o termo, escreve com um i minúsculo, em alusão ao portal iG, do
qual foi demitido em 18 de março de 2008, no que descreve como um processo de
“limpeza ideológica”. De acordo com ele, até políticos teriam passado a fazer
parte do PIG: “O partido deixou de ser um instrumento de golpe para se tornar o
próprio golpe. Com o discurso de jornalismo objetivo, fazem o trabalho não de
imprensa que omite; mas que mente, deforma e frauda".
O pior cego é o que se recusa
a enxergar a verdade. O pior analfabeto é o analfabeto midiático: ele não
pensa, não questiona, não duvida e aceita passivamente tudo aquilo que lhe é
dito e exibido. Liberte a sua mente por 24 horas. Desligue a TV. Se após essas
24 horas você ainda sentir uma necessidade incontrolável de ligar a TV, o seu
caso é grave, mas ainda tem solução. Se você ligar a TV apenas para confrontar
os fatos mostrados, com o que você já viu pela mídia alternativa, parabéns,
você é um questionador. Se você não sentir mais nenhuma vontade de ligar a TV,
parabéns você é um vencedor. Você é livre.
CONHEÇA AS 10
ESTRATÉGIAS PARA CONTROLE DA POPULAÇÃO ATRAVÉS DO PODER DA MÍDIA HEGEMÔNICA
Você está sendo o
tempo todo manipulado. A maioria das pessoas é incapaz de perceber isso devido
à sutileza e à engenhosidade por trás das técnicas empregadas pela mídia para
manipular a sua opinião, os seus gostos e as suas necessidades.
1- A estratégia da
distração
O elemento primordial
do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a
atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas
elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de
contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da
distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se
pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia,
da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída,
longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância
real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar;
de volta à granja como os outros animais” (citação do texto “Armas silenciosas
para guerras tranquilas).
2- Criar problemas,
depois oferecer soluções
Este método também é
chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista
para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das
medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou
se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de
que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da
liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal
necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços
públicos.
3- A estratégia da
gradação
Para fazer com que se
aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas,
por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas
radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e
1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em
massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que
haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A estratégia do
deferido
Outra maneira de se
fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e
necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação
futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício
imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida,
porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que
“tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto
dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de
aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- Dirigir-se ao
público como crianças de baixa idade
A maioria da
publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos,
personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à
debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um
deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se
tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa
como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da
sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou
reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos
ou menos de idade”. (Pesquise “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
6- Utilizar o aspecto
emocional muito mais que a reflexão
Fazer uso do aspecto
emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise
racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a
utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao
inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores,
compulsões, ou induzir comportamentos…
7- Manter o público na
ignorância e na mediocridade
Fazer com que o
público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para
seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais
inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da
ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores
seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas
silenciosas para guerras tranquilas’)”.
8- Estimular o público
a ser complacente na mediocridade
Promover ao público a
achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- Reforçar a revolta
pela autoculpabilidade
Fazer o indivíduo
acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da
insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se
auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus
efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- Conhecer melhor os
indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcorrer dos
últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha
entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites
dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o
“sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de
forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o
indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na
maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre
os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
*Em 13/01/2014. Com
informações de Noam Chomsky e de Sylvain Timsit.
