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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Governo Rollemberg, enrolado ou enrolando? Choque de gestão ou choque no servidor?

Quinta, 15 de janeiro de 2015
Imagem da internet
Usando um receituário digno (ou abominável?) dos mais legítimos governos neoliberais, o governo Rodrigo Rollemberg (DF) demonstra que anda meio perdido. Ou perdido e meio.
Vá lá que o governo Agnelo Queiroz aprofundou no DF o caos resultante dos governos Arruda e Rogério Rosso, esse último, por sinal, pilastra do atual governo. Foi terra quase arrasada a herança deixada por Agnelo. Mas daí querer aprofundar o caos há uma distância muito grande.
Os servidores do GDF, massacrados nos governos anteriores, agora parece que serão sacrificados de vez.
É que o novo governo, que veio para mudar, modernizar o GDF, lança agora um artifício canhestro, uma ideia velha, mofada, para pagar os salários dos servidores. Anuncia que pagará o trabalho de seus funcionários —exceção para a área de segurança— de forma parcelada. Isso não pode ser chamado de outra coisa que não “calote”. Nem sequer discutiu a medida com os trabalhadores.
Antes um “Novo Caminho” apodrecido, agora um “Choque de Gestão”, mas apenas choque contra os servidores.
O governador não anunciou pagar parcelado —do jeitinho que diz que fará com o trabalhador— os megaempresários. E olha que empresário tem suas altas reservas financeiras, o que não acontece com os servidores públicos, cujos salários vêm sendo achatados de longa data e, normalmente, estão pendurados em bancos.
Um aviso: Foi mais ou menos assim que Agnelo Queiroz começou a se desgastar à frente do governo. Ele, Agnelo, ressuscitou Arruda como político, que só não subiu aos Céus do Buriti em razão de ser declarado um tremendo ficha suja. Que Rollemberg não ressuscite Agnelo.
Uma observação: Não ache Rollemberg que nada pode lhe pegar por ter sido eleito com folga o governador do DF. Afinal, no segundo turno das eleições ele teve a preferência de 42,79% do total de eleitores do DF. 57,21% foram contrários ou indiferentes a sua eleição, aí considerados os votos no candidato de Arruda (Cruz Credo!), e os votos brancos e nulos e as abstenções. E olha que muita gente votou nele pelo perigo representado pela possível volta do grupo do ex-governador ficha suja.
Paciência tem limite!
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