Domingo, 28 de fevereiro de 2016
O caso está destrinchado em um procedimento fiscal feito em uma das empresas do grupo Bertin
Fontes: Estadão Conteúdo e Blog do Sombra
A operação que uniu os dois maiores frigoríficos do País, o Bertin e
o JBS, dono da marca Friboi, está sendo questionada pela Receita
Federal. Para o Fisco, a estrutura societária do negócio, que ajudou a
criar a maior empresa de proteína animal do mundo, em 2009, foi
“fraudulenta”. ...
O caso está destrinchado em um procedimento fiscal feito em uma das
empresas do grupo Bertin, que foi autuado em R$ 3 bilhões, em impostos e
multas.
Apesar de a Receita se preocupar em cobrar tributos, ela aponta outras
irregularidades. Houve a transferência, a “preço vil”, de participações
para um investidor desconhecido. Os acionistas minoritários também foram
prejudicados.
Fundo. As irregularidades, avalia a Receita, foram possíveis graças a
uma estratégia particular. Apesar de sempre se falar em fusão, o JBS
comprou o Bertin, diz a Receita. A aquisição ocorreu com uma troca de
ações, sendo que os Bertin entregaram as suas para a holding da JBS –
mas de maneira indireta. No negócio, o Bertin foi representado por um
fundo de investimento, o FIP Bertin.
Ao ser criado, o patrimônio do fundo tinha ações do Bertin e era
controlado pela família Bertin, que detinha 100% das cotas. O Fisco
apurou que, cinco dias antes do negócio, um novo cotista entrou no
fundo: a Blessed, empresa de Delaware, um paraíso fiscal nos Estados
Unidos, cujos sócios estão em Porto Rico e nas Ilhas Caymann.