Quarta, 16 de agosto de 2017
Balcão de negócios no IHBDF
16/08/2018
// Do SindSaúde //
Por Jurana Lopes
Imagens: Peter Neylon
Imagens: Peter Neylon
Nomeação dos gestores do IHBDF é
publicada e alguns dos indicados para exercer os cargos possuem empresas
ligadas ao ramo da saúde
Foi publicado ontem (15/8), na edição
extra nº 37 do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a nomeação dos
novos gestores do Hospital de Base. Coincidentemente, alguns são donos
de empresas ligadas a serviços de saúde.
Ismael Alexandrino, será o diretor geral
do instituto. Ele atuava como secretário-adjunto de Gestão em
Saúde. Além disso, possui vínculo direto com a Exame Medicina
Diagnóstica, na Asa Sul.
Rodrigo Caselli foi nomeado para assumir
o cargo de diretor de Atenção à Saúde. Caselli é sócio da EMS -
Cosultoria e Treinamento em Emergência e da Climed, ambas descritas como
atividades de atenção à saúde e de medicina ambulatorial,
respectivamente.
Com exclusividade, o SindSaúde conseguiu
a lista do Conselho Gestor do Instituto Hospital de Base. Um fato
curioso e que gera desconfianças é em relação ao nome de Wagner de Jesus
Martins, que possui duas empresas em Minas Gerais, onde o secretário
Humberto Fonseca também possui empresas de consultoria.
Outra pessoa que também foi nomeada no
DODF para fazer parte da gestão do IHBDF é Lourdes Cabral, que é dona de
uma empresa privada, Associação Mães em Movimento (AMEM-DF), voltada
para a área social, mas que é privada.
Para o cargo de assessor do instituto
foi nomeado Eduardo Luiz da Silva, que não é servidor público. O que
pesa sobre ele é o fato de ter duas empresas na área de saúde. São elas,
Triangeli Clínica de Ginecologia e Obstetrícia Ltda e Angio – Clínica
de Angiologia e Cirurgia Vascular Ltda, respectivamente.
Já consta no DODF (2/8) a designação de
Fernando Uzuelli como conselheiro administrativo do Serviço Social
Autônomo do IHBDF. Ele é sócio da Clima -Clínica dos Médicos Associados
S/S Ltda.
Para a presidente do SindSaúde, Marli
Rodrigues, a ligação direta de gestores com empresas deixa clara a
intenção do governo em usar o Hospital de Base como moeda de troca.
“É no mínimo estranho que donos de empresas da área da saúde exerçam funções de gestor em um instituto no qual será possível fazer compras sem licitação. Quem conhece e indica as empresas ganhará com isso e, está mais do que claro que são os apadrinhados políticos de Rollemberg quem vão lucrar. A criação desse instituto não visa nenhuma melhoria no atendimento, é apenas esquema de corrupção, de negociatas nefastas. O sindicato jamais pactuará com essa situação”, garantiu.
Veja o organograma do IHBDF: