Linda imagem: mãe e bebê recém-nascido
A imagem é linda, sim. Horrorosa é a situação de caos reinante no HRG, Hospital Regional do Gama. Na imagem, Joseane da Silva. Ela deu a luz a essa linda criança, como linda é toda criança. O parto, cesariana. Até aí tudo parecia ir bem. Mas só até aí.
O bebê nasceu ontem, sábado. A mãe ficou sem tomar banho por 24 horas, e assim mesmo o banho que tomou hoje, domingo, foi com água fria. Imaginou essa situação para quem acabara de submeter-se a um parto cesariana?
E o bebê? Que sequer conseguiu ser medicado com álcool no umbigo, como é o exigido, para evitar infecção. Álcool 70 por cento não existe para protegê-lo. Que zorra os gestores do DF, da Secretaria de Saúde, e o escambau a quatro estão fazendo? Como pode faltar álcool para aplicação no umbigo de recém-nascido? É o caos, sim. Se é um caos por incompetência ou por projeto, aí eis uma questão.
O bebê nasceu ontem, sábado. A mãe ficou sem tomar banho por 24 horas, e assim mesmo o banho que tomou hoje, domingo, foi com água fria. Imaginou essa situação para quem acabara de submeter-se a um parto cesariana?
E o bebê? Que sequer conseguiu ser medicado com álcool no umbigo, como é o exigido, para evitar infecção. Álcool 70 por cento não existe para protegê-lo. Que zorra os gestores do DF, da Secretaria de Saúde, e o escambau a quatro estão fazendo? Como pode faltar álcool para aplicação no umbigo de recém-nascido? É o caos, sim. Se é um caos por incompetência ou por projeto, aí eis uma questão.
Mas o absurdo não é apenas o banho gelado e a falta do álcool 70 por cento.
A mãe Joseane e seu bebê permanecem no Centro Obstétrico do HRG. Sabe por quê, caro leitor? Por não ter leito disponível na Enfermaria, que possa recebê-la e ao seu bebê. E não tem leito em razão da falta de pediatras que possam dar alta a bebês e mães que já se encontram há alguns dias na Enfermaria. Além de penalizar as mães e suas crianças recém-nascidas, que ficam impossibilitadas de serem transferidas do Centro Obstétrico para a Enfermaria, a falta de médicos pediatras impõe um castigo às mãe e filhinhos que não recebem alta, e que poderiam estar no aconchego de casa, mas está num ambiente de hospital. E mais, quanto custa ao contribuinte-eleitor-sofredor um dia de financiamento de internação desnecessária de uma mãe e filhinho?
Resumo: Enfermaria cheia de mães e bebês em razão de falta de pediatras para dar alta médica, provoca um Centro Obstétrico superlotado, pois as mães e os recém-nascidos não podem subir para a enfermaria. Centro Obstétrico lotado, provoca superlotação de mães em vias de parir no Pronto Socorro. Essa superlotação do Pronto Socorro força que o HRG despache muitas mães na quase hora de parir. E o pior, elas não são informadas sobre quais hospitais da rede pública tem vaga para elas. E muito menos são transportadas por ambulância. Ficam, então, zanzando de hospital em hospital até encontrar alguma vaga. Ou perdem seus bebês, e suas vidas, nessa via crússis.
Resumo: Enfermaria cheia de mães e bebês em razão de falta de pediatras para dar alta médica, provoca um Centro Obstétrico superlotado, pois as mães e os recém-nascidos não podem subir para a enfermaria. Centro Obstétrico lotado, provoca superlotação de mães em vias de parir no Pronto Socorro. Essa superlotação do Pronto Socorro força que o HRG despache muitas mães na quase hora de parir. E o pior, elas não são informadas sobre quais hospitais da rede pública tem vaga para elas. E muito menos são transportadas por ambulância. Ficam, então, zanzando de hospital em hospital até encontrar alguma vaga. Ou perdem seus bebês, e suas vidas, nessa via crússis.
É o caos, doutor governador. E cabe a você resolver este tipo de problemas. E com urgência.