Quinta, 5 de abril de 2012
Criam administrações regionais,
mas não contratam servidores concursados. Os cargos servem para agasalhar os “peixes”,
os apadrinhados, os cabos eleitorais. Querem um exemplo? Está na página 11 do
Diário Oficial do DF nº 68 desta quarta-feira (4/4), na Seção I.
A Administração Regional de São
Sebastião tem apenas 12 servidores do quadro próprio de
pessoal (há mais dois, mas estão cedidos a outro órgão do GDF). Enquanto isso, existem
76 comissionados que não possuem vínculo com o GDF.
Esses 76 comissionados representam
86,4% de todos os recursos humanos à disposição daquela regional, enquanto o
quadro de efetivos é de apenas 13,6%. Dos 83 cargos em comissão, quase 92% são
ocupados por aqueles peixes, apadrinhados, cabos eleitorais e, quem sabe, algum
ou outro que não se enquadra nessas classificações.
As promessas de campanha, e que
deveriam de fato nortear a ação do governante, prometiam profissionalizar, e
valorizar, os servidores públicos concursados. Desse jeito? Do modo como
acontece em São Sebastião? Sequer se pode usar a desculpa da LRF —Lei de (i)
Responsabilidade Fiscal—, pois tanto os gastos com os concursados como aqueles
com que pagam os salários de comissionados sem vínculo com o GDF são despesas
com pessoal.
É empreguismo. É apadrinhamento.
E o pior, situação semelhante, ou um pouco menos grave, se encontra em outras
administrações regionais.