Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

RJ: As casas vão cair

Quarta, 11 de fevereiro de2012
Da Pública Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo
 Por Andrea Dip
No morro da Providência, a construção de um teleférico para os turistas da Copa expulsa os moradores. As casas demolidas são trocadas por um aluguel social de 400 reais, e muitas famílias não encontram onde morar.

A casa de Neusimar, trabalhadora autônoma que mora com a família de sete pessoas no Morro da Providência, no Rio de janeiro, está marcada com a sigla SMH (Secretaria Municipal de Habitação). Isso significa que ela vai cair. Todas as casas e prédios vizinhos já foram demolidos porque os moradores aceitaram o aluguel social oferecido pela prefeitura, no valor de 400 reais.

O morro vai sediar o projeto Porto Maravilha, com teleférico e plano inclinado para os turistas que virão para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – como a Pública mostrou em janeiro. Por isso a comunidade tem sofrido remoções compulsórias.

Neusimar resiste porque não quer sair da casa onde sua mãe nasceu e cresceu com toda a família para um futuro incerto: “Onde vamos achar uma casa para alugar por  400 reais? Quem vai querer alugar uma casa para mim? Estou desempregada, minha mãe é doente, temos uma família grande. Não estamos aqui por teimosia, mas não vamos sair para ficar como as pessoas que a gente vê sair e ficar na rua porque não conseguem alugar nada” explica. Ela conta que sente a sua situação mais complicada a cada dia: “Está tudo no chão ao redor da minha casa, afetou a estrutura, agora estamos mesmo em situação de risco”. Leia a íntegra na "Pública"