Domingo, 2 de fevereiro de 2014
Alegação foi de que as urnas eletrônicas brasileiras não são confiáveis porque podem ser burladas
Os
votos dos 3,5 milhões de paraguaios que escolhem neste domingo (21) o
novo presidente do país será manual. O Congresso do Paraguai vetou as
urnas eletrônicas brasileiras que foram usadas em eleições anteriores. A
alegação foi de que não são confiáveis porque podem ser burladas.
A
decisão precisou ser acatada pela Justiça Eleitoral, mas gerou
protestos. O Coordenador Geral das Eleições, Carlos María Ljubetic,
reprovou a iniciativa dos políticos. “É um absurdo. Creio que a urna
eletrônica oferece muita garantia. O resultado sai mais rápido e não há
manipulação de membros da mesa”, diz. As urnas brasileiras foram usadas em três eleições no Paraguai, a última delas em um pleito municipal, em 2006.
No
sistema manual, os eleitores recebem seis boletins, um correspondente a
cada cargo que precisa votar. Ao final do pleito, os mensários fazem a
contagem dos votos, digitam os resultados e transmitem à Justiça
Eleitoral. Embora a votação seja manual, a transmissão é eletrônica.
A
votação será realizada das 8 às 17h (horário brasileiro). A Justiça
Eleitoral estima que o nome do novo presidente paraguaio deve ser
conhecido por volta das 20h locais (21 horas no Brasil).
Pleito
No
total estão habilitados 1.046 locais de votação em todo país. Cerca de
12 mil pessoas irão trabalhar nas eleições. Há ainda 58 mil membros de
mesa dos partidos que estarão envolvidos no processo.
O voto
no Paraguai é obrigatório e há multa para quem não comparecer às urnas.
No entanto, muitos eleitores não se importam porque a sanção não é
aplicada.
As últimas pesquisas apontam empate técnico entre os dois candidatos mais bem cotados,
Horacio Cartes (Partido Colorado) e Efraín Alegre (Partido Liberal
Radical Autêntico). Se o resultado for apertado, não se descarta a
possibilidade de um dos partidos solicitar recontagem de votos, a
exemplo do que ocorreu na Venezuela.
Fonte: Gazeta do Povo