Terça, 2 de fevereiro de 2016
Viemos a público expressar
nosso repúdio em relação ao uso de violência e truculência policial, com
anuência do Governador Marconi Perillo e da Secretária Estadual de
Educação Raquel Teixeira, para forçar de maneira arbitrária a saída dos
estudantes que ocupam algumas das escolas públicas estaduais.
Consideramos que tais ocupações, protagonizados por estudantes
secundaristas, configuram uma legítima forma de defesa e luta pelo
caráter público e gratuito da educação no estado de Goiás bem como o
processo de democratização.
Não é de hoje que Marconi e Raquel perseguem de maneira truculenta os
estudantes e apoiadores do Movimento contra as OS e Militarização.
Ambos já autorizaram, inclusive, corte no abastecimento de água e luz
das unidades de ensino. Há mais de 40 dias o Governo estadual se recusa a
negociar e ouvir as reivindicações em pauta e seguem com a
implementação das OS (nos mesmos moldes da saúde pública) e com a
militarização do Ensino Estadual a sua revelia.
Os lamentáveis acontecimentos em Goiânia e em outras localidades do
Estado de Goiás tomaram repercussão nacional e até internacional. Até
agora nenhuma atitude foi tomada para sanar a situação.
A forma, como desde o início, o governo do Estado tem tratado as
ocupações, com o uso de pressão psicológica nos estudantes, pressão nos
professores, corte de energia elétrica e água, manipulação da opinião
pública e, agora, nítida agressão física, perpetrada por agentes do
Estado (polícia), evidenciam a pouca disponibilidade para dialogar
acerca de decisões fundamentais em uma área tão importante como a
Educação. A militarização do ensino bem como a implantação das OS é uma
clara demonstração do Governo de Goiás que educação não é e nunca será
uma prioridade. Por sua vez, os estudantes dão uma verdadeira aula de
cidadania e denunciam a urgente necessidade de democratizar a gestão
escolar, estabelecer o diálogo e espaços para participação estudantil.
Apoiamos integralmente as ocupações e defendemos imediatamente a
suspensão das OSna educação até que estabeleça o diálogo entre as partes
no intuito da defesa da escola pública de qualidade. Exigimos também a
imediata apuração e punição da ação policial criminosa contra jovens e
crianças além da não criminalização do movimento em curso.
Assinam a nota: STIUEG, MTST, FRENTE POVO SEM MEDO, SINDCOLETIVO,
ANDES, JUNTOS, TERRA LIVRE, SESAC,FBP, 13 DE MAIO, CTB, INTERSINDICAL,
CONLUTAS, CUT, SINPRO/GO, SINDSAÚDE/GO, COLETIVO QUILOMBO, MOVIMENTO
LGBTS ASSOCIAÇÃO IPÊ ROSA, GRUPO OXUMARÉ, PSTU, PSOL.
Saiba mais sobre o movimento na página: Secundaristas em luta – GO