Sexta, 5 de fevereiro de 2016
Da Agência Sputinik Brasil e Agência Brasil
Especialistas da ONU apelaram hoje (5) às autoridades do Reino
Unido e da Suécia para libertar Julian Assange, fundador do WikiLeaks, e
respeitar o seu direito à liberdade de deslocamento.
O Grupo de
Trabalho sobre Detenção Arbitrária da ONU declarou que a privação de
liberdade ilegal de longo prazo foi aplicada a Assange por causa de uma
investigação "pouco ativa" da procuradoria da Suécia. A detenção de
Assange foi realizada em detrimento do direito internacional.
Além
disso, o Grupo de Trabalho afirmou que "a privação de liberdade de
Assange deve ser cessada, a sua inviolabilidade pessoal e o direito à
liberdade de deslocamento devem ser respeitas e que deve ter o direito à
compensação". Entretanto, recomendações do Grupo não são obrigatórias.
Em 2006, o jornalista Assange fundou o site WikiLeaks, que publica materiais secretos expondo corrupção e outros crimes de vários países. Inicialmente, o alvo do site
era descobrir e tornar públicos os casos de corrupção na Ásia Central,
na China e na Rússia, mas o WikiLeaks também publicava matérias sobre
crimes do governo e empresas ocidentais. Assange foi o líder do grupo de
nove coordenadores do site, mas não se considerava “fundador” e sim um “editor-chefe”.
Em
2010, as autoridades suecas formalizaram acusações contra Assange por
coerção sexual e estupro. Desde 2012, o fundador do WikiLeaks reside na
embaixada do Equador em Londres para evitar extradição por autoridades
suecas aos Estados Unidos, onde pode encarar processos criminais por
espionagem e publicação de milhares de documentos confidenciais.