Quarta, 10 de agosto de 2011
Da "Auditoria Cidadã da Dívida"
Os jornais mostram a queda na aprovação da Presidente Dilma Rousseff, segundo a pesquisa CNI/IBOPE, realizada nos dias 28 a 31 de julho.
Os aspectos econômicos foram os que mais perderam popularidade, como no
caso da política de juros, cuja desaprovação aumentou 20 pontos
percentuais de março a julho (de 43% para 63%).
Ou seja: a
população já não está mais aceitando o velho argumento oficial – sempre
criticado por este boletim - de que as contínuas altas na taxa Selic
seriam necessárias para combater a inflação. Até porque a própria
política de combate à inflação também sofreu séria queda: a sua
desaprovação subiu de 42% para 56% de abril a julho.
Tais dados
mostram que grande parte da população já entendeu que a inflação de
alimentos e de preços administrados pelo governo (como os combustíveis)
não pode ser combatida pela alta de juros, que ocasiona a explosão do
endividamento.
No caso da política de combate ao desemprego, a
desaprovação também aumentou fortemente, de 35% para 47%, enquanto os
que aprovam caíram de 58% para 49%. Ou seja: apesar da propaganda
oficial de que a política econômica estaria correta, gerando muitos
empregos, metade dos brasileiros desaprova a situação atual do mercado
de trabalho.
Até mesmo na política assistencialista – capitaneada pelo “Bolsa Família” – o governo tem perdido credibilidade: desde a pesquisa de dezembro de 2010 a
julho de 2011, a desaprovação da política de combate à fome e à pobreza
subiu de 24% para 40%. A área da saúde e a política de impostos também
causam grande e rápido aumento na insatisfação popular: apenas nos
últimos 4 meses, a desaprovação destas duas áreas subiu de 53% para 69%.
De
uma forma geral, todos estes dados mostram que a política de “ajuste
fiscal” (ou seja, a priorização do pagamento da dívida) leva a forte
insatisfação da população, que não aceita mais o discurso do "mercado" e
da grande mídia, de que a atual política econômica seria “responsável” e
que o Banco Central deveria ser “independente” para estabelecer as
maiores taxas de juros do mundo sob a justificativa de “combate à
inflação”.
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