Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Um rio de corrupção

Quarta, 10 de agosto de 2011
Está difícil encontrar alguma coisa em que a corrupção não esteja presente. O Ministério Público Federal em Sergipe acaba de entrar com ação de improbidade administrativa com base nos levantamentos realizados pela Operação Navalha. Ao invés de desviar as águas do São Francisco, estão desviando o dinheiro público.
 
A ação do MPF em Sergipe levou em consideração uma auditoria de 2007, realizada pela Controladoria-Geral da União —CGU. O levantamento constatou superfaturamento de aproximadamente R$78 milhões nas obras da adutora do Rio São Francisco. Auditoria realizada pelo TCU —Tribunal de Contas da União— identificou também superfaturamento na tubulação da adutora.
 
O Ministério Público Federal aponta como responsáveis pelos prejuízos aos cofres públicos, o empresário Zuleido Veras (bastante conhecido nuns rolos aqui em Brasília, com sua empresa Guatama),  e o ex-governador sergipano, João Alves Filho. Mas não são apenas esses dois os acusados.
 
Responderão ainda na Justiça as seguintes pessoas físicas ou jurídicas: Jane Eyre Albuquerque, Construtora Guatama Ltda., Silte Participações S/A, Construtora Manda Ltda., Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, Maria Clara de Albuquerque Soares de Veras, Flávio Conceição de Oliveira Neto, João Alves Neto, Gilmar Melo Mendes, Victor Fonseca Mandarino, Roberto Leite, Kleber Curvelo Fontes, Max José Vasconcelos de Andrade, Sérgio Duarte Leite, José Ivan de Carvalho Paixão, Ricardo Magalhães da Silva, Gil Jacó Carvalho Santos, Florêncio Brito Vieira, Humberto Rios de Oliveira, Habitacional Construções S/A, e Habitacional Participações Ltda.
 
Segundo o MPF só com relação à construtora Gautama, Zuleido e Rodolfo Veras, o prejuízo ultrapassa os R$300 milhões.