Sábado, 22 de junho de 2013
Luciene Cruz*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O protesto que
tomou conta de Minas Gerais hoje (22) acabou em confronto da polícia com
manifestantes. Policiais da cavalaria usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que chegou a cerca de 66 mil pessoas, segundo estimativa da PM.
A manifestação ocorre do
lado de fora do Mineirão, onde houve o jogo entre Japão e México, pela
Copa das Confederações. O protesto transcorria em clima pacífico até que
chegaram ao limite estabelecido pelo cordão de isolamento da PM próximo
ao estádio. O confronto começou quando manifestantes atiraram pedras na
direção dos policiais.
A saída do estádio
Mineirão está complicada por causa do confronto entre a PM e
manifestantes. Os torcedores têm dificuldades para deixar o local e
ingressar nos terminais de ônibus.
A situação ficou fora de
controle na Avenida Antônio Carlos, esquina da Avenida Abraão Caram.
Alguns manifestantes colocaram fogo em objetos, depredaram e saquearam
uma concessionária localizada na avenida.
Os manifestantes se
reuniram na Praça 7, no centro de Belo Horizonte, desde as 10h da manhã.
O evento foi organizado principalmente por meio das redes sociais.
O protesto de hoje é o
sétimo realizado na capital e há uma série de reivindicações que inclui
passe livre no transporte coletivo, melhoria na saúde e educação,
pedidos para a saída do senador Renan Calheiros da Presidência do Senado
e repúdio à Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, a chamada PEC
37, que acaba com o poder de investigação do Ministério Público.
Segundo o advogado Thiago
Coacci, que participa das manifestações, “esse foi o pior confronto
entre os protestos que fizemos aqui em Belo Horizonte. A polícia veio
com um aparato muito forte”. O integrante da manifestação também
informou que houve alguma prisões.
“Não sabemos quantas
pessoas ao certo foram presas, mas fomos informados que um grupo grande
foi levado para a Delegacia de Venda Nova. Estamos com um grupo de
advogados que vai para lá acompanhar essas prisões”, comentou.
*Colaborou Camila Maciel