Domingo, 25 de agosto de 2013
Ex-presidente da empresa no Brasil, Adilson Primo afirma que sede da multinacional alemã movimentou € 6 milhões em Luxemburgo
Fausto Macedo e Fernando Gallo - O Estado de S. Paulo
O engenheiro Adilson Antônio Primo, que por dez anos presidiu a
Siemens no Brasil, afirma que uma conta no paraíso fiscal de Luxemburgo
foi “operacionalizada” pela matriz da multinacional na Alemanha. Ele
alega que a conta, que acumulou € 6 milhões, foi aberta em 2003 por um
diretor financeiro da companhia, com anuência da cúpula da matriz alemã.
“Naquela ocasião, a Siemens tinha certas contas, as chamadas contas de
compensação”, disse.
Primo ocupou a presidência da Siemens Brasil de outubro de 2001 até
2011. Ex-executivos da empresa relataram, em acordo de leniência com o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que a multinacional
atuou em esquema de cartel no País de 1998 a 2008.