Segunda, 26 de agosto de 2013
Vaga de idoso ocupada irregularmente por veículo em frente à agência do Banco do Brasil na Quadra 36 do Setor Leste do Gama. Se houvesse fiscalização, pelos menos umas dez multas diárias seriam aplicada no local. Ou não, pois havendo fiscalização, como deveria haver, os engraçadinhos, os espertinhos, não estacionavam na vaga. Dê um clique sobre a imagem para abri-la em tamanho maior.
Que o trânsito em Brasília se tornou um caos é
coisa que todos sabem, e sabem porque sofrem diariamente com a incompetência de
governos. Engarrafamentos mil, stress nas horas de pico, falta de vagas para
estacionar automóveis a qualquer hora do dia, ônibus quebrados frequentemente,
caros, sujos, ruins, mas lucrativos para seus donos.
Apesar dos milhões e milhões de dinheiro arrecadado
com multas pelo Detran, nada ou quase nada de campanhas educativas. Parte dessa
arrecadação, por lei, deveria ser aplicada nesse tipo de atividade, o que não
acontece em Brasília. Mas para os cofres é mais vantagem —devem raciocinar as
autoridades— que o Departamento de Trânsito, o DER e a PM atuem por espasmos,
de surpresa.
Há alguns dias houve a maior divulgação de que o
GDF iria fiscalizar o respeito às vagas especiais. Foi apenas mais um espasmo
operacional. Aquelas vagas destinadas a idosos e deficientes seriam fiscalizadas.
Profusas foram as notícias sobre aquela operação. Multaram alguns motoristas
que não respeitam as vagas especiais. E depois? Não se houve falar mais em
nada. Esquece, pois foi apenas mais uma golfada do GDF.
Espantado com essas golfadas, especialmente em
campanha educativa, o Ministério Público do DF determinou ao Detran, ao DER e à
Secretaria de Publicidade do GDF que em 60 dias promova estudos, pesquisas e
levantamento de dados para produzir campanha educativa de trânsito. O GDF
deixou de aplicar, segundo o MPDF, R$54 milhões destinados a anúncios para
conscientizar a população a cerca do trânsito. E isto só no período de
2011/2012.
Os 60 dias dados pelo MPDF correm a partir do
recebimento da Recomendação expedida pela Promotoria de Justiça de Delitos de
Trânsito.
Nessa Recomendação, expedida no último dia 19, é
ressaltado que a Política Nacional de Trânsito define também o objetivo de
efetivar a educação contínua para o trânsito. Segundo essa Política, as
campanhas educativa não devem se limitar à épocas determinadas, mas ter o
caráter permanente.
Lembram os promotores do MPDF, que o Detran e o DER
deverão também definir um plano de atuação fiscalizatória permanente, visto que
a aplicação da lei aos infratores é parte do processo educativo.
Por falar nisso, voltando à vaca fria, melhor à
vaga de idosos e deficientes, houve a divulgação de que no primeiro dia da
última fiscalização no Plano Piloto, cerca de 30 motoristas foram multados.
Golfadazinha mixuruca. Até no Gama, área bem menor do que o Plano Piloto, se
houvesse fiscalização esse número de 30 multados seria atingindo numa manhã ou
numa tarde. Isso se apenas fiscalizado nos setores centrais da cidade e numa ou
noutra quadra comercial.
Vamos parar de golfadas, de espasmos, e trabalhar
sério e continuamente na resolução dos graves problemas do trânsito do Distrito
Federal? É o que as pessoas querem ver.
No centro do Gama, ao lado da Rodoviária, automóvel —sem autorização— atravessado na frente de duas vagas especiais. Ficou aí quase toda a tarde. Fiscalização? Nenhuma. Dê um clique sobre a imagem para abri-la em tamanho maior.
