Segunda, 23 de setembro de 2013
“O Brasil passa por um processo
contraditório com potencial para algumas mudanças e não é impossível que
uma maioria no TSE deixe de seguir o caminho burocrático traçado pelo
parecer do Ministério Público”
Alfredo Sirkis
Há uma possiblidade clara de mais de 20 milhões de eleitores
serem defraudados da possibilidade de votar em sua candidata
presidencial preferida: Marina Silva.
Não tenho muitas ilusões caso o TSE siga o raciocínio ditado pela
cultura cartorial vigente. A Rede ultrapassou confortavelmente o número
mínimo de assinaturas coletadas. Faltam-lhe algo como 50 mil validadas. É
visível que aproximadamente 100 mil foram invalidadas erradamente. A
prática dos cartórios eleitorais de usar para a conferência as fichas de
presença do pleito mais recente e não os registros originais – um
expediente de preguiça burocrática – faz com que automaticamente sejam
excluídos todos aqueles que não votaram na última: viajantes, idosos,
jovens entre dezesseis e dezoito, eleitores que apenas rubricaram a
lista ou cuja assinatura não ficou idêntica. Por outro lado houve atraso
na conferência para além dos 15 dias legalmente obrigatórios.