Suspeita é de que militantes do partido em SC recebiam pagamentos da pasta do Trabalho destinados a entidade
Andreza Matais e Fábio Fabrini - O Estado de S.Paulo
O Ministério Público Federal investigará a
suspeita de que uma entidade financiada pelo Ministério do Trabalho
pagava militantes do PDT de Santa Catarina por serviços prestados ao
partido. Em depoimento ao Estado, um ex-dirigente da legenda afirmou
que o esquema foi montado em 2008 pelo atual ministro da pasta, Manoel
Dias (PDT-SC), na época presidente do diretório catarinense e
secretário-geral da sigla.
Veja também:
A Procuradoria da República em Santa Catarina informou que as
apurações sobre a suposta contratação de "fantasmas" serão feitas no
âmbito de inquéritos que já apuram irregularidades em convênios da
entidade, que correm sob sigilo.
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que a Agência
de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim
(ADRVale) "contratou" 55 pessoas sem comprovar que elas, de fato,
trabalharam em convênio de R$ 6,9 milhões com a pasta. Ao menos 17 são
ou eram filiadas ao PDT-SC. A lista inclui André Tomé Igreja, nomeado
por Manoel Dias para um cargo no ministério, e Roger Minotto, irmão do
chefe de gabinete do ministro, Rodrigo Minotto.