Segunda, 9 de dezembro de 2013
Artefatos foram usados nas manifestações de junho; Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar o caso
Marcelo Gomes - O Estado de S. Paulo
RIO - A Polícia Militar do Rio comprou da Condor S/A
Indústria Química bombas de gás lacrimogêneo três vezes mais potentes do
que o normalmente empregado pelas forças de segurança brasileiras.
Muitas delas foram usadas para reprimir "vândalos infiltrados" na
recente onda de manifestações, segundo oficiais da corporação.
Veja também: 'Elas podem até matar', diz médico
No dia 2, o procurador da República Jaime Mitropoulos converteu o
procedimento preparatório para apurar o caso em inquérito civil, depois
de a fabricante informar que, desde 2012, vende para a PM fluminense
artefatos com concentração de até 30% de ortoclorobenzalmalonitrilo, o
lacrimogêneo.
Segundo o Exército, responsável por fiscalizar a produção e
comercialização desse tipo de produto, as fábricas brasileiras produzem
granadas com concentração aproximada de 10% da substância. Leia a íntegra