Quarta, 11 de dezembro de 2013
Deu no Blog do Hélio Doyle
      
Até a fotografia com Obama, a grande 
imprensa brasileira parecia querer ignorar que o presidente de Cuba, 
Raúl Castro, era um dos seis chefes de Estado que discursaria nas 
homenagens póstumas a Nelson Mandela. E muita gente não entendia por que
 Cuba estava entre os seis.
Uma frase pronunciada por Mandela explica: “A batalha de Cuito Cuanavale foi o começo do fim do apartheid. Devemos isso a Cuba”.
Mandela sempre reconheceu o papel decisivo 
de Cuba no fim do regime de segregação na África do Sul. Se Cuba não 
tivesse mandado quase 400 mil combatentes para defender Angola da 
agressão sul-africana, os segregacionistas teriam conquistado aquele 
país e a Namíbia continuaria submetida à África do Sul.
Os cubanos lutaram durante 10 anos ao lado 
dos angolanos contra os sul-africanos e os derrotaram definitivamente na
 batalha de Cuito Cuanavale, citada por Mandela. A partir daí as forças 
da África do Sul recuaram do território angolano e o governo daquele 
país foi obrigado a negociar a paz e libertar a Namíbia. O desgaste do 
governo sul-africano acelerou o fim do apartheid e a libertação de 
Mandela.
Naqueles tempos, os Estados Unidos, o Reino
 Unido e a maioria dos países europeus apoiavam o governo sul-africano e
 queriam derrubar o de Angola. Israel ofereceu bombas atômicas aos 
segregacionistas, para acabar logo com a guerra e tornar aquele país uma
 potência nuclear.
A História mostrou quem estava do lado certo.       
 
 
 
