Domingo, 1º de junho de 2014
Além de sete deputados,
um assessor ministerial e mais dois mensaleiros aparecem na lista de
visitantes do escritório do doleiro Youssef - mas ninguém parece
interessado em saber o que eles faziam lá
Rodrigo Rangel
Revista Veja
INDIFERENÇA - João Graça, do Ministério do Trabalho, pediu
demissão após a descoberta de que ele visitava o doleiro. Outros
envolvidos, nada. Um deles, o deputado Mário Negromonte, foi até
promovido para o TCM da Bahia Sindicato do crime
Na semana passada, VEJA revelou que sete deputados federais foram
flagrados pelas câmeras de segurança do prédio onde funcionava o
escritório do doleiro Alberto Youssef - preso há dois meses por operar
um gigantesco esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo
empresas estatais e funcionários públicos de alto escalão. O que uma
parte da nobreza do Parlamento fazia num lugar conhecido como centro de
captação e distribuição de propina? É fácil deduzir. O problema é que
ninguém parece querer saber ao certo. Os parlamentares fotografados
permaneceram em um conveniente silêncio. Seus colegas, inclusive os mais
aguerridos, também ficaram à espreita. Não houve uma única manifestação
de inconformismo, protesto ou um pedido de investigação. Afinal, nada
aparentemente mais natural que deputados visitando em São Paulo o
escritório de um conhecido criminoso, em horário de expediente, quando
deveriam estar trabalhando em Brasília. A tolerância com malfeitos beira
a indiferença e não se limita ao Congresso Nacional.
Leia a íntegra em:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/alberto-youssef-sindicato-do-crime