Quinta, 21 de agosto de 2014
Fernanda Cruz
— Repórter da Agência Brasil
O candidato à Presidência pelo PV, Eduardo Jorge, participou
hoje (21), na capital paulista, de um debate promovido pelo Greenpeace sobre a
ampliação do uso da energia solar no Brasil. O candidato reafirmou seu
compromisso em ampliar o uso desse tipo de energia, considerada mais limpa, no
país. Outra proposta defendida foi a ruptura do acordo nuclear que o Brasil tem
com a Alemanha.
“Tem a chance, de cinco em cinco anos, de se romper o
contrato com a Alemanha. O contrato vence em novembro de 2015. Para propor a
ruptura, tem que fazer com um ano de antecedência”, disse. Eduardo Jorge quer
reunir um grupo de entidades para propor à presidenta Dilma Rousseff que não
renove o contrato. “Queremos uma energia mais segura e limpa”, declarou.
Em contrapartida à ruptura do contrato, disse o candidato, o
país criaria um novo acordo de longo prazo com a Alemanha, uma parceria para
incentivar a pesquisa, produção e incentivo à energia solar no mundo. “A
proposta é trocar um contrato inseguro e sujo como o da energia nuclear para a
pesquisa em energia solar”, disse ele.
O candidato é contrário ao uso da energia nuclear no país.
“É uma energia altamente perigosa, numa região altamente delicada do Rio de
Janeiro. Se nós não queremos isso, a chance é agora, em novembro de 2014. Se
não, o contrato é automaticamente renovado”, explicou.
De acordo com Eduardo Jorge, seu programa será ampliado para
incorporar propostas como a que foi sugerida hoje pelo Greenpeace – a
construção de 1 milhão de casas solares – aquelas cujo consumo é baseado em
energia solar - durante os quatro anos de governo, caso seja eleito. “É uma
energia limpa, que ajuda a limpar a matriz energética no Brasil, tirar a
pressão sobre as nossas hidrelétricas, é lucro puro para o nosso Brasil”,
declarou.
Sérgio Leitão, diretor de políticas públicas do Greenpeace,
defendeu a expansão da capacidade de geração de energia solar. Para ele, uma
solução para a questão energética no país seria a utilização de 10% da área que
já foi desmatada na Amazônia para cobri-la com placas solares.
Agenda
dos candidatos à Presidência - 21/08/2014