Sexta, 19 de dezembro de 2014
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal (STF), homologou hoje (19) os termos do acordo de delação
premiada entre o doleiro Alberto Yousseff, Ministério Público Federal
(MPF) e a Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato. Em
troca de redução de pena, o doleiro confessou como funcionava o esquema
de corrupção na Petrobras e revelou nomes de políticos que receberam
propina.
Com
a homologação, os políticos já podem ser denunciados ao Supremo. No
entanto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve
apresentá-las somente em fevereiro do ano que vem, após o recesso do
Judiciário, que começa hoje.
Para ter validade, a delação
premiada aguardava homologação do ministro Teori Zavascki, responsável
pelos processos da operação no Supremo. Os nomes citados estão em
segredo de Justiça e ainda não foram revelados oficialmente.
As
informações prestadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras,
Paulo Roberto Costa, por meio de delação premiada, também serão
analisadas na formulação de denúncia contra os parlamentares.
A
parte da investigação da Operação Lava Jato que não envolve pessoas com
foro privilegiado tramita na Justiça Federal em Curitiba, onde correm 18
ações penais.