Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Servidores rejeitam ‘picadinho’ de salários e protestam no Buriti

Sexta, 16 de janeiro de 2015 
Professores e demais trabalhadores da educação não estão engolindo essa ‘pílula falsamente dourada’ que tentam empurrá-la goelas abaixo.  Hoje (16/1) pela manhã eles protestaram em frente ao Palácio do Buriti, e chegaram a impedir o trânsito de veículos no Eixo Monumental.
O governo do DF comunicou (não negociou) a alteração do calendário de pagamentos dos servidores do Executivo. E mais, o governo Rollemberg informou que vai dividir até junho o pagamento dos atrasados de férias, 13º e outros valores ainda não honrados pelo GDF.
Os trabalhadores não aceitam as alterações que, inclusive, contrariam a lei do Regime Jurídico dos Servidores Público do DF, que em seu artigo 118 determina: ‘A quitação da folha de pagamento é feita até o quinto dia útil do mês subsequente’.
Que o governo anda meio perdido, anda. Depois de anunciar que os atrasados seriam pagos em parcelas até outubro, o governo ‘refaz’ os cálculos e descobre que pode pagá-los até junho. Estranha essa mudança de prazo. Antes, outubro. Logo no dia seguinte, junho. Recálculos?
Melhor faria o governo Rollemberg se abrisse todas as informações sobre receitas, empenhos, pagamentos, dos últimos meses de 2014 e janeiro de 2015. Se não abrir, porque teriam os servidores de confiar cegamente nos dados colocados na mesa pelo GDF e aceitarem, passivamente, as alterações nos pagamentos de seus salários? A bagunça do governo Agnelo não pode servir de anteparo, de defesa, às medidas não claramente explicadas, e justificadas, do governo atual.
Uma coisa ressalta aos olhos de quem observou o ato de hoje, e de dias recentes. A presença dos sindicatos e da CUT. Entidades que se deixaram domesticar no período do governo Agnelo e nada ou pouco se manifestaram, mesmo sabendo qual o caminho que o GDF estava trilhando rumo ao caos. É verdade que a falta de pagamento não ocorreu em anos anteriores. Mas o quadro se desenhava claramente. Mas parar de lutar, não devem fazer.