Professores
e demais trabalhadores da educação não estão engolindo essa ‘pílula falsamente
dourada’ que tentam empurrá-la goelas abaixo.
Hoje (16/1) pela manhã eles protestaram em frente ao Palácio do Buriti,
e chegaram a impedir o trânsito de veículos no Eixo Monumental.
O governo
do DF comunicou (não negociou) a alteração do calendário de pagamentos dos
servidores do Executivo. E mais, o governo Rollemberg informou que vai dividir
até junho o pagamento dos atrasados de férias, 13º e outros valores ainda não
honrados pelo GDF.
Os trabalhadores não
aceitam as alterações que, inclusive, contrariam a lei do Regime Jurídico dos
Servidores Público do DF, que em seu artigo 118 determina: ‘A quitação da folha
de pagamento é feita até o quinto dia útil do mês subsequente’.
Que o governo anda
meio perdido, anda. Depois de anunciar que os atrasados seriam pagos em
parcelas até outubro, o governo ‘refaz’ os cálculos e descobre que pode
pagá-los até junho. Estranha essa mudança de prazo. Antes, outubro. Logo no dia
seguinte, junho. Recálculos?
Melhor faria o
governo Rollemberg se abrisse todas as informações sobre receitas, empenhos,
pagamentos, dos últimos meses de 2014 e janeiro de 2015. Se não abrir, porque
teriam os servidores de confiar cegamente nos dados colocados na mesa pelo GDF
e aceitarem, passivamente, as alterações nos pagamentos de seus salários? A
bagunça do governo Agnelo não pode servir de anteparo, de defesa, às medidas
não claramente explicadas, e justificadas, do governo atual.
Uma coisa ressalta aos olhos de quem
observou o ato de hoje, e de dias recentes. A presença dos sindicatos e da CUT.
Entidades que se deixaram domesticar no período do governo Agnelo e nada ou
pouco se manifestaram, mesmo sabendo qual o caminho que o GDF estava trilhando
rumo ao caos. É verdade que a falta de pagamento não ocorreu em anos anteriores.
Mas o quadro se desenhava claramente. Mas parar de lutar, não devem fazer.