Domingo, 12 de abril de 2015
Da Tribuna da Imprensa
Trecho de artigo de Sebastião Nery
Em toda a história dos trabalhadores
e das lutas sociais no Brasil a maior vitória foi a CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho), de 1942. Por mais que alguns partidos, grupos políticos e
empresariais em algum tempo tenham tentado, ninguém conseguiu rasgar a CLT;
salário mínimo, férias, previdência, dezenas de direitos intocáveis. É uma
vitória da História.
Na Constituinte de 1946, os sábios
bacharéis da UDN não ousaram ataca-la. O governo do general Dutra manteve-a.
Voltou Getúlio que a ampliou. Juscelino foi o grande herdeiro. Jânio respeitou.
Jango reforçou.
Os generais da ditadura deixaram-na
intocada. Collor também: afinal o avô dele, Lindolfo Collor, primeiro ministro
do Trabalho e da Previdência, foi seu principal autor. Itamar era um
trabalhista de verdade. Fernando Henrique chegou a anunciar “o fim da era
Vargas”. Mas deixou a CLT intacta.
Foi preciso vir um falso Partido dos
Trabalhadores, liderado por um falso operário, para estuprar a CLT com essa
criminosa lei da Terceirização. Há meses o Congresso discute e vota o projeto.
E não se ouviu uma palavra de Lula. Como sempre, escondido. O siêncio é o
estilo dos farsantes.