Representante do PSOL na Comissão avalia como negativa a decisão da CPI de ir a Curitiba ouvir presos envolvidos no esquema
O doleiro Alberto Youssef será um dos depoentes na CPI da Petrobras, por iniciativa do PSOL / Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
A
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras aprovou, na semana
passada, duas importantes convocações: do empresário Fernando Soares, o
Baiano, apontado pela Operação Lava Jato como operador de propinas para
o PMDB, e do doleiro Alberto Youssef, acusado pelo MPF de ser um dos
chefes do esquema de lavagem de dinheiro que desviou recursos da
estatal.
Os requerimentos foram propostos pelo deputado Ivan Valente (SP),
representante do PSOL na Comissão, que há semanas cobrava da presidência
a aprovação dos pedidos. Para o deputado, as convocações poderão
contribuir para um avanço significativo nas investigações. “São pessoas
centrais no esquema de corrupção da Petrobras e que já deveriam ter sido
ouvidas, antes de outras oitivas até”.
Ivan Valente criticou a decisão pela maioria dos membros da ida da CPI a
Curitiba para ouvir os envolvidos que já estão presos. “Não concordo
com a transferência desta CPI para Curitiba. A prerrogativa da Comissão é
que as oitivas sejam abertas e transmitidas pela imprensa para que a
sociedade possa acompanhar os trabalhos de investigação. Indo para
Curitiba estaremos impossibilitando isso”, avaliou.
Também foram aprovados requerimentos do PSOL para ouvir outras 14 pessoas envolvidas no esquema. São elas:
- João Ricardo Auler, executivo do Grupo Camargo Correa;
- Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior Trading Engenharia;
- José Ricardo Nogueira Breghirolli, executivo da OAS;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, diretor financeiro da OAS;
- Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Engenharia;
- Dario de Queiroz Galvão Filho, diretor-presidente da Galvão Engenharia;
- Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da Galvão Engenharia;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia;
- Ricardo Pessoa, presidente da empresa UTC Engenharia;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, executivo da OAS;
- Eduardo Hemelino Leite, executivo da Camargo Correa;
- José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, executivo da OAS;
- Adir Assad, apontado como operador da Mendes Júnior;
- Guilherme Esteves de Jesus, apontado como operador do Estaleiro Jurong.
Fonte: Liderança do PSOL na Câmara